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Entretenimento / Coringa

Coringa 2: O que é o 'Delírio a Dois', síndrome abordada no filme?

Descubra como surge o "Delírio a Dois", e quais são os sintomas e tratamentos para essa síndrome abordada em "Coringa 2"

por Izabela Queiroz

Publicado em 10/10/2024, às 17h23

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Imagem promocional de "Coringa: Delírio a Dois" - Divulgação/Warner Bros. Pictures
Imagem promocional de "Coringa: Delírio a Dois" - Divulgação/Warner Bros. Pictures

A convite da Dove, a RECREIO acompanhou nesta quinta-feira, 10, “Coringa 2: Delírio a Dois”, filme que acompanha Arthur Fleck, vivido por Joaquin Phoenix, agora institucionalizado no asilo Arkham, o hospital psiquiátrico que serve como prisão para os criminosos de Gotham City, enquanto aguarda o julgamento dos crimes que cometeu no primeiro filme, de 2019, ao assumir a persona de Coringa.

Na sequência, além do desenrolar do caso no tribunal, o público pode acompanhar Fleck se apaixonando por Harleen "Lee" Quinzel, personagem de Lady Gaga, apresentada como paciente do asilo Arkham, onde os dois dão início a um romance repleto de alucinações e mentiras enquanto o protagonista aguarda a sentença final de suas infrações.

Nesse período juntos, os dois vivem diversos momentos em que compartilham a mesma loucura, fazendo conexão com o título do filme, que em francês é “Folie à deux” — frase que também dá nome a uma síndrome real e rara onde dois ou mais indivíduos compartilham os mesmos delírios.

O que é o Delírio a Dois?

Chamado também de transtorno delirante ou síndrome psicótica compartilhada, essa síndrome acontece quando os delírios de uma pessoa com quadro psicótico são passados para um ou mais sujeitos aparentemente saudáveis, como explica o portal CNN ao repercutir informações do Indian Journal of Psychiatry e de Laura Quiñones Urquiza, criadora de perfis criminais, autora do livro “Lo que cuenta la escena del crimen” (O que conta a cena do crime, em tradução literal) e do podcast “Trazos criminales“.

Geralmente — mas não exclusivamente — isso ocorre entre membros de uma mesma família, já que o psicótico primário precisa ter conexão com aqueles que passam a compartilhar da mesma crença delirante para influenciá-los, tenham esses indivíduos secundários doenças mentais ou não. Além disso, é comum que eles convivam em um ambiente com pouca influência exterior ou em isolamento social.

Quando a síndrome se manifesta, comumente motivada por algum trauma, os envolvidos passam a viver momentos de desconexões com a realidade, como crer que estão sendo perseguidas por seres de outros planetas, por exemplo, podendo trazer graves consequências a saúde mental e, em certos casos, física, tanto do psicótico primário quanto dos influenciados.

Por via de regra, quando eles se separam, os sintomas de delírio e alucinações permanecem apenas com o psicótico em que os sintomas delirantes sugiram originalmente. Ainda assim, o tratamento de ambos os casos pode incluir terapias de suporte, como a psicoterapia, e o uso de medicamentos.

No caso de Coringa e Arlequina, é possível acompanhar os resultados da “Folie à deux” durante a trama, principalmente durante os números musicais que a dupla protagoniza. O filme está em cartaz nos cinemas e já pode ser adicionado a lista de aluguel do Prime Video; relembre o trailer: