Você sabe como fazíamos quando não havia eleições? A gente conta para você!
A história de podermos escolher, por meio do voto, quem representará nosso país, é bem recente. Ainda hoje, por exemplo, há países em que as pessoas não têm esse direito. Mas, se comparado ao passado nem tão distante assim, a situação atual é um avanço. De acordo com lendas celtas, os primeiros eleitores da humanidade foram os druidas e sacerdotes, que escolhiam seus chefes políticos. Em Atenas, por volta do século 5 antes de Cristo, participavam das eleições 20% dos cidadãos, todos homens.
A primeira urna eleitoral apareceu pela primeira vez em 139 antes de Cristo, em Roma. Até então, as escolhas eram feitas por meio de votação oral. Ou seja: você gritava em prol do candidato que quisesse eleger.
Durante a Idade Média (entre os séculos 5 e 15) e o Renascimento (nos séculos 15 e 16), as votações se tornaram sinônimo de acordo entre algumas partes. No Sacro Império Romano (962-1806), quem elegia o rei era um pequeno grupo de nobres e religiosos, por exemplo. O regime democrático, que é o que vivemos atualmente, só voltou a funcionar na Europa no final do século 19.
A conquista do voto feminino foi muito difícil. No Brasil, no início do século 20, a advogada carioca Myrthes de Campos (a primeira mulher a ingressar na Ordem dos Advogados do Brasil, em 1906) teve negado o pedido de participar das eleições. Esse direito só foi reconhecido às mulheres com o Código Eleitoral de 1932. Mas há países que demoraram mais para dar esse direito às mulheres: na Suíça foi em 1971 e, em Portugal, em 1974.
Ainda no Brasil, apenas em 1985 pessoas que não sabiam ler ou escrever puderam votar pela primeira vez. O direito até havia sido concedido a eles no final do século 19, mas foi suspendido por quase 100 anos. O Brasil foi o último país da América do Sul a permitir que analfabetos votassem.