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Natureza / Tempestades

Por que furacões e tempestades têm nomes de pessoas?

Na Segunda Guerra, o exército norte-americano começou a batizar as tempestades com nomes de mulheres. Este critério se tornou regra em 1953

Letícia Yazbek Publicado em 05/04/2020, às 13h00 - Atualizado em 09/10/2024, às 18h53

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Imagem ilustrativa do furacão Catrina - Pixabay
Imagem ilustrativa do furacão Catrina - Pixabay

Diferente do que muitas pessoas possam acreditar, os nomes de furacões, tornados e tempestades não são homenagens a políticos ou pessoas que morreram em decorrência de fenômenos naturais.

Usar nomes humanos, em vez de números ou termos técnicos, tem o objetivo de evitar erros e confusões. Os nomes são mais fáceis de lembrar na hora de divulgar alertas, por exemplo. As listas são feitas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

A cada ano é feita uma lista com 21 nomes, um para cada letra do alfabeto (excluindo as letras Q, U, X, Y e Z) e alternando nomes femininos e masculinos. Cada região tem uma lista diferente — os nomes disponíveis no Atlântico, por exemplo, não são os mesmos que estão disponíveis no leste do Pacífico.

Com isso, os nomes são usados quando os eventos acontecem. As listas são reutilizadas a cada seis anos, mas os fenômenos mais violentos podem ter os nomes banidos para sempre. Foi o caso do furacão Katrina, que deixou um rastro de tragédia em Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005.

Como começou?

Durante a Segunda Guerra Mundial, o exército norte-americano começou a batizar as tempestades com nomes de pessoas. A maioria era nomes de mulher, escolhidos como homenagem às mães, esposas e namoradas. Em 1953, a utilização de nomes femininos se tornou regra, e os nomes masculinos só passaram a ser utilizados em 1970.

Em 2014, um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, revelou que os furacões e tempestades com nomes de mulheres costumam matar mais pessoas do que aqueles com nomes masculinos. Isso acontece porque eles são levados menos a sério e, por isso, há menos preparação para enfrentá-los.

Consultoria: Ricardo de Camargo (professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP).