Além de nos impressionarem pela beleza, eles também servem de moradia para diversas espécies
Para começar, é preciso entender o que é um coral: trata-se de um pequeno animal marinho, habitante de regiões tropicais e subtropicais. Ele é capaz de formar um esqueleto calcário (feito de cálcio extraído da água do mar), que fixa esse animal ao fundo do oceano, protegendo-o. Quando o coral morre, novas colônias se desenvolvem sobre a estrutura rígida, criando, com o tempo, os recifes de coral.
Lar especial
Os recifes são fundamentais para a vida marinha: ajudam a manter o equilíbrio ecológico, pois abrigam uma diversidade imensa de peixes, algas, crustáceos e outros bichos que vivem e se reproduzem sob a proteção desses locais. A biodiversidade existente neles só pode ser comparada com a das florestas tropicais.
Classificação
Existem três tipos de recife: franja, barreira e atol. Os recifes em franja são os mais simples e comuns, próximos a continentes ou ilhas. A formação em barreira é semicircular e fica separada do continente por canais. Já os atóis parecem grandes anéis no meio do oceano – surgem após o afundamento de ilhas ou sobre antigos vulcões submersos.
Em praias do Brasil
No litoral brasileiro, os recifes se distribuem por cerca de 2.400 quilômetros, do norte do Maranhão a Santa Catarina. E uma descoberta foi feita recentemente: um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) encontrou um grande recife na foz do rio Amazonas, na fronteira da Guiana Francesa com o estado do Amapá — ele se estende até o Pará. Esse recife ocupa área de 9.300 quilômetros quadrados e tem entre 30 e 120 metros de profundidade.
Impressionante!
O maior recife do mundo é a Grande Barreira de Coral, entre as praias do nordeste da Austrália e Papua-Nova Guiné. Essa imensa faixa de corais ocupa uma área contínua de 350 mil quilômetros e é Patrimônio Mundial da Humanidade por abrigar cerca de 2.900 recifes.
Trata-se da maior estrutura do mundo feita unicamente por organismos vivos — há 400 tipos de coral, onde vivem 1.500 espécies de peixe e 4 mil de moluscos! Mas esse lugar corre risco: o aquecimento da água do mar e o aumento da acidez (por causa da presença do dióxido de carbono na atmosfera) estão prejudicando a barreira — estima-se que 35% dos recifes de lá estejam mortos.
Consultoria: J. Ilton P. Jornada (professor assistente da UFRJ, mestre e doutorando em Ciência, Tecnologia e Educação no Centro Federal de Educação Tecnológia Celso Suckow da Fonseca/RJ.