Faça um passeio pelo Rio de Janeiro na época em que a cidade se tornou a sede da Coroa Portuguesa
A chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro promoveu grandes transformações na cidade. Antes, as construções eram antigas e tinham condições precárias. Mas, no momento em que ficou decidido que dom João VI e família iriam morar ali, tudo mudou para abrigar a Corte. Diversas reformas modernizaram a arquitetura da cidade.
Logo após a chegada dos portugueses, foi decretado que os portos brasileiros deveriam ser abertos para outras nações, o que transformou o Rio de Janeiro em um ponto ideal para o comércio. Todas as exportações e importações da Colônia passavam pelo porto da cidade, que se tornou parada obrigatória para os navios que cruzavam os mares.
A Baía da Guanabara oferecia segurança para o reparo das embarcações e para o reabastecimento com água, comida e especiarias.
Quase 15 mil pessoas a mais passaram a viver no Rio de Janeiro com a chegada de dom João VI – toda essa gente estava nos navios que trouxeram a Família Real.
Como a cidade ainda não era grande, houve dificuldade para acomodar tudo mundo. Por isso, o governo passou a confiscar residências para uso da nobreza. Uma placa com o nome de dom João VI era colocada nas moradias escolhidas, o que gerou revolta na população.
Maria I, dom João VI, Carlota Joaquina e os filhos do casal ficaram hospedados no Paço Imperial, prédio no centro do Rio de Janeiro, que virou sede oficial do governo enquanto a Família Real esteve no Brasil. Lá, o rei recebia os súditos no ritual beija-mão: as portas eram abertas à população que quisesse prestar homenagens à Família Real, fazer pedidos e reclamações.
O ensino brasileiro foi modernizado com a criação de faculdades para a população — antes, o povo só tinha acesso ao ensino básico. Surgiram escolas agrícolas, laboratórios de análises químicas e a Academia Real Militar (instituição de ensino superior portuguesa). O Rio de Janeiro ainda ganhou a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional e o Jardim Botânico.