Com um investimento milionário, há uma animação lançada pela Disney há mais de 10 anos é se tornou a trama animada mais cara do estúdio; descubra!
Publicado em 03/06/2025, às 15h28
Com clássicos ou tramas mais recentes que, independente do tempo de lançamento, receberam destaques em premiações como o Globo de Ouro, Annie Awards e, até mesmo, a premiação mais famosa do cinema, o Oscar, a Disney pôde experimentar diversos métodos para criar animações nos seus mais de cem anos de existência.
Isso porque, as primeiras histórias do estúdio, fundado em 1923, surgiram pelo método de animação tradicional, ou seja, apresentando tramas em que cada quadro do filme é desenhado à mão, sendo necessário um longo tempo de desenvolvimento, inúmeros processos e profissionais para que a trama saísse do papel e ganhasse vida nas telas.
Ainda assim, esse estilo é repleto de técnicas diferentes, e muitas delas foram exploradas pela Disney, como a rotoscopia, onde imagens de atores reais ajudam a criar desenhos mais realistas e fluidos, que pode ser vista em “Branca de Neve e os Sete Anões”, de 1937, o primeiro longa-metragem do estúdio e o responsável por apresentar a primeira princesa.
No entanto, há também como animar tramas por meio de computadores. Conhecido como animação digital, usando esse recurso, os estúdios podem criar cenários e personagens por meio de softwares de animação, dando vida tanto às animações no formato 2D, quanto no 3D, em que as histórias são exploradas em três dimensões geométricas (altura, profundidade e largura), trazendo mais realismo para o que é visto nas telonas.
Inclusive, foi com o uso desse tipo de tecnologia que a Disney acabou fazendo o maior investimento da história do estúdio para a produção de uma animação — a qual, mesmo após mais de uma década de lançamento, mantém o título de animação mais cara da história da Disney.
Acontece que, fazer animações digitais exige uma grande movimentação de capital. Por isso, para criar “Enrolados” (2010), a Disney precisou investir aproximadamente US$ 260 milhões (cerca de 1,4 bilhão de reais na conversão atual) para que a trama alcançasse o resultado visto nos cinemas.
Para efeitos de comparação, o primeiro longa-metragem animado digitalmente, “Toy Story”, lançado pelo selo Disney e Pixar, contou com um orçamento de aproximadamente US$ 30 milhões. Já o mais recente, “Moana 2”, de 2024, precisou de cerca de US$ 150 milhões para ficar pronto usando as duas técnicas: o desenho à mão e a animação por computação gráfica.
Acontece que a trama, além de ter sido feita em 3D, contou com uma tecnologia inédita para que os cabelos da princesa Rapunzel, que tem mais de 100 mil fios e 20 metros de comprimento, ganhassem forma, como repercutido pelo portal Rolling Stone Brasil. Mais que isso, há muitos detalhes escondidos que encarecem ainda mais a produção, como as lanternas soltas no aniversário de Rapunzel, em que cada uma delas conta com 10 mil micropontos de luz.
Apesar do alto investimento, a Disney conseguiu um alto lucro com o título. Isso porque, “Enrolados”, arrecadou cerca de 582 milhões de dólares em bilheteria ao redor do mundo.
Disponível para streaming no Disney+, “Enrolados” é baseado no conto de fadas alemão Rapunzel, dos Irmãos Grimm e contou com Nathan Greno e Byron Howard na direção. A animação tem a seguinte sinopse: “Quando o criminoso mais procurado – e charmoso – do reino se esconde em uma misteriosa torre, a última coisa que ele espera é encontrar Rapunzel, uma garota espirituosa com um superpoder incomum: 21 metros de cabelo dourado e mágico! Juntos, o casal parte em uma fantástica jornada recheada de heróis surpreendentes, muita risada e expectativa.”