PSY se desculpa por recente polêmica, mas enfrenta acusações sérias da polícia coreana
Artista do hit 'Gangnam Style', PSY é investigado por suposta violação da Lei de Serviços Médicos. Entenda o que está por trás do caso!

A voz por trás de um dos maiores fenômenos virais da música, PSY, se vê no centro de uma polêmica que vai além das paradas de sucesso. O artista, mundialmente conhecido pelo hit “Gangnam Style“, está sob investigação da polícia de Seul por acusações de violação da Lei de Serviços Médicos da Coreia do Sul.
O caso, que envolve a prescrição e retirada de medicamentos para dormir, ganhou destaque após a Delegacia de Polícia de Seodaemun, em Seul, abrir um inquérito. Atualmente, a polícia está investigando se o cantor e um médico de um hospital universitário violaram a lei, levantando questões sobre a facilidade de acesso a medicamentos controlados no país.
A polêmica gira em torno de medicamentos psicotrópicos como Xanax e Stilnox, utilizados para tratar ansiedade e distúrbios do sono. Segundo a polícia, há indícios de que o cantor recebeu receitas para esses medicamentos sem consultas presenciais, e que um gerente buscou os remédios em seu nome, de 2022 até o momento recente. As autoridades suspeitam que essa prática tenha violado a legislação que proíbe a prescrição remota e a retirada por terceiros.
A prescrição remota e a retirada de medicamentos por procuração foram estritamente regulamentadas na Coreia do Sul em 2021, tornando obrigatória a presença do paciente para a consulta e a retirada do medicamento. Apenas em casos limitados e excepcionais, como para familiares ou cuidadores, a retirada por procuração é permitida, mediante documentação formal. No caso de PSY, as autoridades suspeitam que a retirada por seu gerente tenha ocorrido sem a devida procuração, violando a norma legal.
O artista, por meio de sua agência, P NATION, reconheceu o erro e se desculpou publicamente, admitindo que “ter contratado um terceiro para coletar um medicamento para dormir com receita médica em seu nome foi claramente um erro e um descuido”. Em um comunicado, a agência explicou que o astro do k-pop sofre de um distúrbio crônico do sono, e que o uso dos medicamentos foi feito sob supervisão médica, dentro da dosagem prescrita, o que levanta a questão de por que a investigação não foi diretamente sobre a prescrição em si, e sim na violação da Lei de Serviços Médicos. Apesar disso, a agência negou a prescrição remota, afirmando que não houve “prescrição por procuração”, mas sim que o medicamento já prescrito foi pego por um terceiro.
Confira a tradução do comunicado completo, repercutido pelo Soompi:
“Olá, aqui é a P NATION.
Esta é a nossa posição em relação à questão da procuração do cantor PSY para aquisição de medicamentos para dormir.
Ter contratado um terceiro para coletar um medicamento para dormir com receita médica em seu nome foi claramente um erro e um descuido. Pedimos desculpas.
PSY foi diagnosticado com um distúrbio crônico do sono e está tomando medicamentos para dormir de acordo com a prescrição de sua equipe médica.
O uso de medicamentos para dormir foi feito sob supervisão médica e dentro da dosagem prescrita, e não houve prescrição por procuração.
No processo, houve casos em que um terceiro pegou o medicamento para dormir em seu nome, e a polícia está atualmente conduzindo uma investigação.
Mais uma vez pedimos desculpas por causar preocupação”.
O caso reacende o debate sobre o acesso e o uso de medicamentos controlados na Coreia do Sul, especialmente para figuras públicas. Com a grande visibilidade de PSY, que alcançou fama mundial com o viral “Gangnam Style” em 2012, o caso também coloca em evidência a pressão e a saúde mental enfrentadas por artistas de alto nível. Enquanto a investigação policial continua, a repercussão pública se divide entre a preocupação com a saúde do artista e a crítica à suposta quebra da lei, lembrando que, mesmo para grandes celebridades, as regras são as mesmas para todos.