As adaptações cinematográficas dos livros de Percy Jackson escritos por Rick Riordan contam com diversas modificações; veja algumas delas!
Entre 2005 e 2010, o autor Rick Riordan publicou a série literária “Percy Jackson”, que contou com 5 títulos e fez um enorme sucesso, sendo uma das sagas mais vendidas das livrarias. Como consequência da grande popularidade, a trama acabou sendo adaptada para novos formatos, ganhando sua mais recente versão para as telas com a série “Percy Jackson & os Olimpianos”, que terá os primeiros episódios disponibilizados no Disney+ em 20 de dezembro deste ano.
Mas, antes da série, o enredo que surgiu nas páginas ganhou as telonas dos cinemas em dois filmes protagonizados por Logan Lerman. Intitulados “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” e “Percy Jackson e o Mar de Monstros”, os longas-metragens seguiram o caminho contrário da trama escrita, visto que não agradaram os fãs dos livros de Riordan.
O motivo principal para a insatisfação foi o distanciamento da trama original, já que os filmes apresentam mudanças nas personalidades dos personagens, incluem os conceitos mitológicos de maneira confusa e ainda, mostram diversas alterações no desenvolvimento dos eventos que cercam a trajetória de Percy.
Caso você não se lembre das alterações realizadas, não se preocupe, a RECREIO reuniu abaixo 5 detalhes dos livros que foram completamente alterados nos filmes para que você possa relembrar. Confira!
No primeiro livro da saga, Percy Jackson é descrito como um garoto de 12 anos. No entanto, ao surgir na primeira adaptação cimatográfica, o personagem aparece mais velho, visto que ele já tem 16 anos.
A mudança se deve, pois, quando Lerman foi escalado para dar vida ao semideus, ele tinha 17 anos e ao fim da saga nos cinemas, já completava o seu 21º aniversário. Logo, caso a alteração não fosse realizada, ficaria muito evidente que o ator não é um menino que está iniciando a adolescência.
Ainda assim, a alteração que parece boba se torna um problema, visto que nos livros, os leitores acompanham o crescimento de Percy na totalidade, já que ele descobre mais sobre si e sobre o mundo em geral na saga que o acompanha até a maior idade, algo que não acontece nos filmes.
Annabeth é filha de Atenas, e assim como a mãe, é uma excelente estrategista de batalha nos livros. No entanto, essa característica acaba não aparecendo com grandeza nos filmes, já que Percy ocupa todos os lugares de destaque nos conflitos que surgem.
Além dela, Grover também tem mudanças evidentes em suas características pessoais, já que no livro ele é empático, possui forte vínculo com a natureza e é um tanto inseguro, enquanto no longa-metragem ele tem uma personalidade mais expansiva.
No livro, o Deus da Guerra, Ares tem um papel importante para o início da saga, já que é ele quem presenteia Percy com uma mochila que guardava o raio de Zeus e faz com que Percy passe por mal bocados com Hades, que o acusa de roubar o raio e também seu Elmo das Trevas. Como resultado, Percy percebe que foi enganado e luta contra Ares, voltando para o Acampamento Meio-Sangue não apenas como um vencedor, mas como um herói.
No filme, Ares sequer aparece, fazendo com que não haja uma grande reviravolta quando é revelado que Luke é o verdadeiro ladrão e mestre manipulador, já que desde o início, ele se torna o principal suspeito.
Nas páginas, Percy só descobre ser filho de Poseidon quando passa pelo processo (conhecido como reivindicação) onde uma divindade confirma quem é seu filho semideus, enviando um símbolo de seu poder, como explica o portal Screenrant.
Já no longa-metragem, ele descobre sua origem logo nos primeiros minutos, visto que ao chegar ao Acampamento Meio-Sangue, os líderes contam de quem Percy é filho e de cara já é visto como um ser divino e heroico.
Em entrevista ao Entertainment Weekly, Riordan contou que criou Percy Jackson para que seu filho se sentisse representado, já que o personagem, assim como o herdeiro do autor, tem dislexia e TDAH.
Ele [filho de Riodan] estava tendo dificuldades com dislexia e TDAH, tendo uma experiência péssima na escola, mas se tinha uma coisa que ele amava era mitologia grega,” relembrou o autor. “Como um professor, eu sabia muito sobre mitologia grega. Adorava ensinar isso. Então comecei a contar histórias dos mitos gregos para ele, e quando essas histórias acabaram, criei um novo herói grego: um garoto dos dias atuais chamado Percy Jackson que, como meu filho, tem TDAH e dislexia e descobre que esses podem ser indicadores que você é um semideus. Meu filho não teve problema algum para acreditar nisso.”
Ainda que nos livros essas características sejam apresentadas no personagem, logo elas se perdem, além de que Percy se torna exemplar na esgrima e na manipulação da água com bastante rapidez, diferente das páginas, onde ele luta contra suas dificuldades para conseguir atingir seus objetivos, servindo como uma grande representação e exemplo.