Confira algumas diferenças entre o conto original dos Irmãos Grimm, e a versão cinematográfica de 'A Bela Adormecida' de Walt Disney
Publicado em 20/05/2024, às 18h56
No ano de 1959, a Disney lançou seu último filme de princesa que contou com a produção de seu renomado fundador Walt Disney: “A Bela Adormecida”. A trama, inspirada no conto de mesmo nome do escritor francês Charles Perrault, se popularizou com a adaptação dos Irmãos Grimm — versão no qual a animação foi baseada.
O filme conta a história da princesa Aurora, que, pouco tempo após seu nascimento, recebe uma maldição da feiticeira Malélova onde diz que, ao completar 16 anos, ela espetaria seu dedo em uma roca de fiar, entrando em um sono profundo, que só poderia ser quebrado com o beijo de amor verdadeiro.
Para transformar a obra em um longa-metragem animado, o estúdio acabou adaptando alguns detalhes presentes na versão dos Jacob e Wilhelm Grimm, que muitas pessoas podem não saber. Pensando nisso, a RECREIO trouxe algumas diferenças reveladas pelo The Walt Disney Museum entre o conto dos Irmãos Grimm e a animação de Walt Disney. Veja!
Logo no início do filme de 1959, é revelado que o nome da princesa é Aurora e que, assim que nasceu, foi prometida em casamento ao príncipe Philip. Contudo, as duas versões não estão presentes no conto dos Grimm. Na obra, a protagonista se chama Briar Rose e, em momento algum, é prometida em casamento.
Na versão cinematográfica, existem apenas três fadas: Fauna, Flora e Primavera. Enquanto isso, a história dos Grimm apresenta 13 fadas. Inicialmente, todas deveriam ser convidadas para a festa de nascimento da princesa, porém, os reis só possuíam 12 pratos de ouro e, com medo de ofender a décima terceira, acabaram não a chamando.
A vilã Malévola não existe na versão original. Na obra, a antagonista da história é a 13ª fada que não foi convidada para a festa, que ficou extremamente ofendida, e lançou uma maldição sobre a princesa, que cairia em sono profundo em seu aniversário de 15 anos — e não 16 como é dito na animação — com duração de 100 anos.
Na trama de Walt Disney, para proteger a princesa, os pais a mandam para viver com as fadas em uma cabana na floresta, até passar o seu aniversário de 16 anos. Porém, no conto dos Grimm isso nunca acontece, e Aurora, ou Briar Rose, continua morando o tempo inteiro com seus pais.
O filme conta que, após Aurora espetar o dedo na roca de fiar, ela e todo o reino entram em um sono profundo, sobrando apenas as três fadas, que correm em busca do príncipe para quebrar a maldição. Na versão de Jacob e Wilhelm, isso não acontece, e o príncipe só encontra o castelo e os habitantes do reino no centésimo ano do feitiço.
Além disso, o icônico momento onde Phillip luta com Malévola em forma de dragão enquanto tentava entrar no castelo para salvar a amada não acontece. Na verdade, a 13ª fada, responsável por jogar o feitiço, não aparece mais após amaldiçoar a princesa.
Por fim, o beijo de amor verdadeiro não é o que acorda Briar Rose — é o tempo. Isso porque, no momento em que o príncipe a beija, coincidentemente, o período de 100 anos da maldição expira, fazendo com que todos acordem.