Megan Leavey: Conheça a história real e emocionante da fuzileira e seu cão de guerra
Conheça a história real que inspirou o filme 'Megan Leavey', produção exibida na Sessão da Tarde de hoje (20)
Nesta quarta-feira, 20, a partir das 15h25, será exibido na Sessão da Tarde, da TV Globo, o filme “Megan Leavey”, longa lançado em 2017 que apresenta a emocionante história de uma fuzileira naval do exército dos Estados Unidos e seu parceiro canino, treinado para detectar bombas no Iraque.
De acordo com a sinopse oficial, “A agente da marinha americana Megan Leavey é uma especialista em treinamento de cães para detectar bombas. Ela é enviada ao Iraque, onde forma uma boa parceria com o cão Rex. Mas Megan é ferida e afastada do campo de batalha. Enquanto isso, o cão permanece em atividade, e ela espera a aposentadoria do animal para poder adotá-lo. Antes desse prazo, no entanto, a ex-agente descobre que o cachorro sofrerá uma eutanásia e luta para reverter essa decisão”.
O longa, que apresenta a história de amor e amizade, foi baseada na vida de uma ex-militar real, chamada Megan Leavey, que desenvolveu uma conexão indescritível com seu companheiro canino, Rex.
A história real de Megan Leavey
No ano de 2003, deu início um dos conflitos mais brutais do século 21: a Guerra do Iraque, comandada pelos Estados Unidos, com o intuito de “libertar aquela nação” de Saddam Hussein.
Em 2004, a jovem Megan Leavey, de apenas 21 anos, entrou para o programa K9 da escola de Polícia Militar de San Antonio, no Texas, onde conheceu seu novo companheiro canino, Rex. Tornando-se uma dupla inseparável, os dois participaram de mais de cem missões, incluindo na guerra iraquiana.
Enquanto estavam no país do Oriente Médio, durante a segunda incursão no ano de 2006, acabaram enfrentando tropas rebeldes em Ramadi ao lado das Forças Armadas americanas e, em 4 de setembro daquele ano, foram separados pela primeira vez desde que se conheceram após um trágico acidente.
A separação
Na ocasião, a dupla realizava uma patrulha no entorno de Ramadi, quando foram surpreendidos por uma bomba artesanal que acabou explodindo ao lado deles, arremessando ambos para longe. Devido ao ataque, Rex sofreu sequelas neurológicas e teve o ombro ferido, enquanto Megan teve uma contusão na cabeça, problemas de audição e passou a lidar com estresse pós-traumático.
Em entrevista ao The New York Post em 2017, Megan Leavey relatou que, quando os dois precisaram ser separados durante o tratamento, sentiu “como se estivesse o abandonando”. Meses após um trabalho de reabilitação, a militar foi dispensada com honras do serviço militar, mas mesmo assim não teve a chance de se reencontrar com seu amigo.
Mesmo entrando com um pedido de adoção, o Corpo de Fuzileiros Navais negou sua solicitação, alegando que o animal seria “muito agressivo”, e que poderia atacar civis na rua. Com a negativa, Leavey retornou para sua casa em Rockland, em Nova York, mas sempre buscou notícias sobre o cachorro.
Após quatro anos, Rex começou a enfrentar problemas de saúde, deixando de ser útil para o serviço militar — algo que, caso acontecesse, poderia resultar em sua eutanásia.
Ao descobrir que o animal corria risco, Megan entrou em contato com a Agência de Serviços de Veteranos, onde conseguiu o apoio de um senador de Nova York chamado Chuck Summer para conseguir o cão de volta. O político, engajado na causa, conversou com o Corpo de Fuzileiros Navais da Califórnia, arrecadando mais de 22 mil assinaturas em um abaixo-assinado apoiando a adoção de Rex.
Poucos meses depois, a ação deu certo, e Megan teve a oportunidade de finalmente se reunir com o amado companheiro. Infelizmente, os dois não tiveram muito tempo juntos, visto que Rex faleceu oito meses após a adoção, aos 11 anos.
