A fama de terrível do diabo-da-tasmânia vem do comportamento do animal para caçar
O diabo-da-tasmânia é mesmo um bicho agressivo! Tem mordida poderosa, graças à forte mandíbula, aos dentes enormes e à grande abertura da boca. Ao abocanhar uma presa, consegue até esmagar os ossos! Além disso, emite grunhidos altos e produz sons bem estranhos, que parecem latidos.
O animal ganhou esse nome porque os nativos da Tasmânia (ilha localizada na Oceania), onde ele vive, ficavam com muito medo quando ouviam os barulhos que o bicho faz, achando que os ruídos só podiam vir de algum ser sobrenatural. O diabo-da-tasmânia tem cerca de 80 centímetros de comprimento e pesa aproximadamente 12 quilos.
Vida noturna
Normalmente solitário, durante o dia, o diabo-da-tasmânia dorme em cavernas, buracos de árvores ou em tocas abandonadas. À noite, sai em busca de animais mortos para comer – usa o olfato apurado para encontrar comida. Ele também pode caçar cobras, larvas de insetos, ovos de pássaros e outros mamíferos de até 20 quilos. Às vezes se alimenta em grupos, embora costume caçar sozinho.
Meio sem jeito
Ele se movimenta lentamente e é até um pouco desengonçado quando anda. Mesmo assim, os mais jovens escalam árvores para pegar ovos em ninhos e já foi observado o comportamento de caça por meio de emboscadas e perseguições curtas.
Duas etapas
O diabo-da-tasmânia faz parte da turma dos mamíferos marsupiais (como os cangurus): tem uma bolsa, onde os filhotes terminam de se desenvolver após o nascimento. Os filhotes (quatro, no máximo) se deslocam até lá quando nascem (depois de 21 dias de gestação) e ficam mamando e dormindo por cerca de quatro meses. Depois, a bolsa se abre e os pequenos são levados para um ninho, onde ficam até o fim da amamentação (dura mais um ou dois meses).
Poucas semelhanças
Você já ter visto o personagem Taz, de desenhos animados. O visual dele é parecido com o do diabo-da-tasmânia, com corpo peludo e boca cheia de dentes pontudos. Mas o temperamento não é tão parecido: Taz é muito doido, rápido e destrói tudo o que está por perto!
Consultoria: Ítalo Mourthé (professor da Faculdade de Biociências da PUC/RS) e Nei Moreira (doutor em zoologia pela UFPR). Fontes: Museu de Zoologia da Universidade de Michigan (Estados Unidos), Saúde Animal (site) e Zoológico de San Diego (Estados Unidos).