Desvendamos os mistérios desses astros brilhantes que enfeitam o céu. Confira!
Christiane Oliveira e Maria Carolina Cristianini Publicado em 11/05/2021, às 18h41 - Atualizado às 18h44
Muito grandes!
De longe, estrelas parecem pequenas. Na verdade, elas são esferas gigantes e superluminosas de gás quente. Apesar de estarem a trilhões de quilômetros da Terra, é possível vê-las, porque possuem muita energia: temperaturas superaltas no núcleo fazem átomos de hidrogênio se fundirem para formar gás hélio e liberar energia, que aparece em forma de luz.
Início de tudo
O nascimento começa em uma nuvem grande de poeira e gás — a nebulosa. Por causa da força da gravidade, essas nuvens se dividem e ficam mais densas. Aos poucos, elas se contraem, até que a temperatura esteja bem alta, e acontecem reações entre átomos. A estrela recém-formada nesse processo começa a brilhar e a liberar energia. Uma nebulosa pode criar milhares de estrelas.
Logo ali
A intensidade do brilho depende da massa, da temperatura e da distância que a estrela está da Terra. Quanto maior e mais perto, mais brilhante ela parecerá. O Sol é a mais próxima da Terra (uns 150 milhões de quilômetros). Por isso, sentimos o calor dele.
Redondinhas
O formato é resultado da composição: os gases hidrogênio e hélio, quando concentrados, ganham forma de esfera. Antigamente, telescópios captavam imagens distorcidas, em que as estrelas pareciam ter cinco pontas. Por isso fazemos o desenho delas assim.
Show de cores
Apesar de muitas vezes não notarmos a diferença daqui, as estrelas possuem diversas cores. Depende da temperatura: as azuis são muito quentes (30 mil graus Celsius), as alaranjadas e amarelas têm temperaturas médias (6 mil graus Celsius) e as mais frias (3 mil graus Celsius) são vermelhas.
Das antigas
O brilho das estrelas é algo que aconteceu há muito tempo! Apesar de a luz viajar muito rápido (300 mil quilômetros por segundo), a distância das estrelas até a Terra é gigantesca. Assim, demora para que o brilho chegue até nós. Por exemplo: a estrela Alfa é, depois do Sol, a mais próxima (cerca de 40 trilhões de quilômetros) e a luz dela leva uns quatro anos para chegar aqui. Já a luz do Sol demora 8 minutos para nos atingir.
Pisca-pisca
Já reparou como, de longe, parece que as estrelas estão piscando? Para chegar até nós, a luz delas passa por várias camadas de ar em movimento na atmosfera terrestre. Em cada uma dessas etapas, a luz é desviada, dando a impressão de piscar. Mas, no espaço, elas brilham sem interrupção.
Dia e noite
Durante o dia, parece que as estrelas deixaram de existir. A luz solar que se espalha pela atmosfera é tão forte que encobre o brilho delas. Mas, se desse para diminuir a intensidade do Sol por alguns momentos, conseguiríamos ver as outras estrelas.
É o fim!
Na hora da morte, as estrelas têm variações. As que são oito ou mais vezes maiores que o Sol vivem milhões de anos e acabam em grandes explosões (supernovas). As que têm o tamanho do Sol duram bilhões de anos até soltarem as últimas camadas de gás, virando uma anã branca (passam o resto dos dias esfriando). As menores morrem depois de trilhões de anos — fenômeno ainda não observado.
Não é o que parece
Apesar do nome, estrelas cadentes não são estrelas. Na verdade, são rochas que se soltaram de asteroides e cometas. Elas viajam pelo espaço e são atraídas pela gravidade da Terra. Ao se aproximarem daqui e entrarem na atmosfera, esquentam e brilham por causa do atrito com o ar, deixando um rastro luminoso no céu.