Conheça o famoso mito britânico sobre o Rei Arthur de Camelot, responsável por inspirar a animação da Disney de 1963, 'A Espada Era a Lei'
Publicado em 24/06/2024, às 18h45 - Atualizado em 14/11/2024, às 11h43
No ano de 1963, a Disney lançou a animação, “A Espada Era a Lei”, filme que nos apresenta a história do jovem Arthur, um menino órfão que se torna aprendiz de um mago chamado Merlin, que o ajuda a participar de uma competição onde a pessoa que conseguisse tirar a espada mágica que está cravada em uma pedra, poderia se tornar o novo rei da Inglaterra.
Produzido por Walt Disney, o filme foi baseado no romance homônimo de T.H White lançado em 1938 com o mesmo nome que, por sua vez, foi inspirado nos populares contos do folclore britânico sobre o Rei Arthur de Camelot, lendário rei britânico que teria assumido o reinado após retirar a espada de Excabulir de uma rocha, governando durante a Alta Idade Média, entre os séculos 5 e 6.
De acordo com a lenda, Arthur era filho do rei dos bretões Uther de Pendragon, monarca que possuía um conselho de cavaleiros, que sempre se reuniam na famosa távola redonda, palavra utilizada antigamente para se referir a uma mesa redonda, responsável por originar o nome “Cavaleiros da Távola Redonda”.
Após se apaixonar por Igraine, o rei Pendragon foi transformado em Gorlois, porém, sua nova forma não impediu seu amor. O casal teve uma noite juntos, e a mulher engravidou. Quando nasceu, o bebê Arthur foi entregue a Merlin, mago responsável pelo feitiço em seu pai, que o criou em segredo.
Quando o rei morreu, iniciou-se uma enorme disputa entre a nobreza bretã para decidir quem assumiria o trono. Dessa forma, Merlin revelou aos cavaleiros sobre a existência de uma espada, Excalibur, que estava presa em uma rocha, e que poderia coroar o homem que a removesse da pedra como o novo soberano.
Apesar de muitos tentarem, nenhum teve sucesso. Certo dia, enquanto Arthur caminhava pela estrada, percebeu o item cravado na rocha e decidiu tirá-la. Sem saber da profecia, o menino conseguiu removê-la, e passou a governar o Castelo de Camelot, com os Cavaleiros da Távola Redonda como seus fiéis ajudantes.
A lenda ainda afirma que, durante seu reinado, Arthur liderou a defesa britânica contra invasores saxões, além de unir diferentes clãs bretões, trazendo grande prosperidade e sendo conhecida como a Era de Camelot.
Apesar de suas histórias serem mundialmente conhecidas, conforme apontado pelo portal Superinteressante, não existem vestígios oficiais sobre sua existência, além de menções em livros. Segundo o site Aventuras na História, o nome do famoso rei apareceu pela primeira vez na obra Historia Brittonum (História dos Bretões) do monge Nênio, do século 9, onde cita uma série de batalhas que o soberano lutou.
Contudo, Arthur ganhou popularidade apenas no século 12, no livro Historia Regum Britanniae (História dos Reis da Bretanha), do clérigo Geoffrey de Monmouth, que menciona alguns de seus grandes feitos.
Mesmo que ainda não tenham sido encontradas evidências de sua existência, muitos historiadores não descartaram a hipótese do lendário Rei Arthur ter realmente vivido entre os séculos 5 e 6, e continuam as pesquisas em busca de algum vestígio que possa comprovar a veracidade dessa popular lenda.
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