Descubra quais são as principais diferenças entre as versões de Arlequina vividas pelas atrizes Margot Robbie e Lady Gaga
Publicado em 02/10/2024, às 12h57
Na próxima quinta-feira, 3, estreará nos cinemas brasileiros “Coringa: Delírio a Dois”, sequência do longa protagonizado por Joaquin Phoenix em 2019 sobre o memorável vilão dos quadrinhos da DC Comics. Além de mostrar a consequência dos crimes realizados por Coringa, o filme também apresenta seu par amoroso, Lee, a Arlequina, vivida por Lady Gaga.
Com isso, Gaga se torna a segunda atriz a dar vida à Arlequina nos cinemas, seguindo os passos de Margot Robbie, que interpretou Harley Quinn na franquia de “Esquadrão Suicida” e no longa “Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa” (2020).
No entanto, a escalação de uma nova atriz para o papel acabou gerando uma dúvida entre os fãs: afinal, existe alguma diferença entre a Arlequina vivida por Margot, para a nova Arlequina de Lady Gaga?
Antes mesmo do lançamento do filme, tanto Gaga quanto Todd Phillips, diretor responsável pela produção, já declararam em inúmeras entrevistas que, apesar de ser uma personagem inspirada nos quadrinhos, a nova Arlequina é diferente do que os fãs já viram.
Em entrevista ao Access Hollywood, Lady Gaga afirmou que “A minha versão da Arlequina é minha, e é muito autêntica para o filme e para os personagens. Eu nunca fiz nada parecido com o que estou fazendo nesse filme".
Já em entrevista ao Empire Magazine, Todd explicou que, apesar de possuir algumas semelhanças entre as duas, já que ambas são inspiradas nas HQs, a versão de Gaga uma interpretação única da artista, além da nova Harley Quinn ser mais baseada em casos de pessoas que ficam obcecadas por criminosos, e passam a idolatrá-los.
“Embora haja algumas coisas que as pessoas achariam familiares nela, é realmente a interpretação da própria Gaga, e a interpretação de Scott [Silver, o roteirista] e minha”, diz Phillips. “Ela se tornou a maneira como [Charles] Manson tinha garotas que o idolatravam. A maneira como às vezes esses [assassinos presos] têm pessoas que os admiram. Há coisas sobre Harley no filme que foram tiradas dos quadrinhos, mas nós pegamos e moldamos do jeito que queríamos que fosse".
Todd Phillips ainda destaca que se esforçou para fazer com que a nova Arlequina fosse diferente das outras interpretações. Segundo o cineasta: "Eu fiz o meu melhor para, é claro, ter conhecimento sobre todas as várias peças interessantes que surgiriam enquanto eu estava desenvolvendo esse personagem. Mas eu realmente abordei Lee de um lugar de 'O que é essa história? E o que ela traz para a vida de Arthur, para melhor ou para pior?'".
De fato, essa diferença pode ser vista de forma clara durante o filme. Logo no início, por exemplo, Lee surge como uma paciente do Asilo de Arkham, e não como uma das médicas, como apresentado em “Esquadrão Suicida” e nos quadrinhos.
Ao longo da trama, no entanto, é explicado que, assim como descrito nas HQs, Harley possui o diploma de psiquiatria, porém, devido a sua obsessão pelo Coringa, decidiu se internar por conta própria no hospital psiquiátrico apenas para poder ter um contato maior com o “ídolo”.
Além disso, no novo filme, Arlequina não é tão submissa ao Joker como nas páginas da DC e na versão de Margot Robbie — assim como o relacionamento entre os dois não é representado de forma tão tóxica como lemos nas revistas. No longa, apesar de sempre apoiar os delírios do Palhaço do Crime, Lee acaba abandonando o protagonista no final após ele afirmar em seu julgamento que o Coringa não passava de uma fantasia.