Polícia realiza busca e apreensão na HYBE após alegações de fraude

A operação de busca e apreensão na sede da HYBE em Seul faz parte das investigações contra o presidente do conglomerado, Bang Si Hyuk, por suposta fraude

Fachada do prédio da HYBE - Justin Shin/Getty Images

Na noite da última quinta-feira, 23, a Unidade de Investigação de Crimes Financeiros da Agência de Polícia Metropolitana de Seul iniciou uma operação de busca e apreensão na sede da HYBE, localizada no distrito de Yongsan, em Seul, por volta das 21h no horário de Brasília (9h do dia 24 no horário local da Coreia do Sul).

A operação faz parte da investigação das acusações de negociação fraudulenta contra o presidente do conglomerado, Bang Si Hyuk, que, conforme repercutido pelo Soompi, teria sido acusado de, supostamente, ter violado a Lei de Mercados de Capitais ao enganar investidores em 2019.

De acordo com o veículo, as alegações dizem que, na época, o empresário teria mentido aos investidores dizendo que não tinha planos de abrir o capital, os obrigando a vender as ações para uma sociedade de propósito específico (SPE) que teria sido criada por meio de um fundo de private equity (um tipo de investimento feito de forma privada).

Anteriormente, já havia sido relatado que o Comitê de Deliberação de Investigação do Mercado de Capitais (CMIDC) possui suspeitas de que Bang Si Hyuk, ao lado de mais três executivos seniores e um assessor, haveriam criado o private equity, gerando um lucro de cerca de 200 bilhões de wons (aproximadamente R$ 806 milhões) para o presidente da HYBE.

Devido a essas suspeitas, em 17 de julho, a polícia solicitou um mandado de busca e apreensão na sede da HYBE em Yongsan. A operação só não aconteceu antes pois, em 21 de julho, surgiu uma disputa sobre a jurisdição investigativa após o Ministério Público do Distrito Sul de Seul, depois de receber o caso, atribuiu a obrigação à polícia judiciária especial do Serviço de Supervisão Financeira (FSS).

Vale lembrar que, em 10 de julho, a HYBE emitiu um comunicado sobre o assunto, onde disse que tem colaborado ativamente com as investigações, além de reforçar que toda a movimentação investigada foi realizada dentro da legislação e regulamentação impostas pelo país.

“Estamos cooperando ativamente com as autoridades financeiras e policiais, enviando explicações detalhadas e documentos relevantes. Embora o processo possa levar algum tempo, pretendemos demonstrar claramente que nosso IPO foi conduzido em total conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.”, disse o conglomerado em pronunciamento.

Daniela Bazi é jornalista graduada pela UNINOVE, e bruxa formada na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Amante de animações, filmes e séries, também é fã de divas pop, entusiasta da Disney e k-popper nas horas vagas.