Descubra qual é o longa-metragem da Disney, estrelado por uma princesa, que quase se tornou recomendado apenas para adultos
Publicado em 10/04/2025, às 16h50 - Atualizado às 16h59
As princesas oficiais da Disney são: Branca de Neve, Cinderela, Aurora, Ariel, Bela, Jasmine, Pocahontas, Mulan, Tiana, Rapunzel, Mérida, Moana e Raya, as quais foram apresentadas em histórias animadas que recebem classificação indicativa "AL" ou "L", o que significa que o conteúdo abordado na narrativa é adequado para todos os públicos, ou seja, livre.
São eles: "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937), "Cinderela (1950)", "A Bela Adormecida" (1959), "A Pequena Sereia (1989)", "A Bela e a Fera (1991)", "Aladdin (1992)", "Aladdin: O Retorno de Jafar (1994)", "Pocahontas (1995)", "Aladdin e os 40 Ladrões (1996)", "Mulan (1998)", "Pocahontas 2: Uma Jornada para o Novo Mundo (1998)", "A Pequena Sereia II: O Retorno Para o Mar (2000)", "Cinderela II: Os Sonhos se Realizam (2002)", "Mulan 2: A Lenda Continua (2004)", "Cinderela 3: Uma Volta no Tempo (2007), "A Pequena Sereia: A História de Ariel (2008)", "A Princesa e o Sapo (2009)", "Enrolados (2010)", "Valente (2012)", "Frozen (2013)", "Moana (2016)", "Frozen II (2019)", "Raya e o Último Dragão (2021)".
Quando a história muda de formato, como os live-actions, a classificação de alguns acaba mudando, como "A Bela e a Fera" (2017), "Aladdin" (2019) e "A Pequena Sereia" (2023), os quais são recomendados para maiores de 10 anos, ou "Mulan" (2020), que não é recomendado para menores de 12 anos.
Ainda assim, abrindo mais o leque de princesas da Disney, há uma delas que não entrou para o seleto grupo de princesas oficiais do selo, cuja história quase recebeu uma classificação que nenhum outro filme das herdeiras do trono recebeu: a classificação R, que significa "Restricted" (restrito), e é usada para indicar que um filme é para maiores de idade.
O longa-metragem em questão é "Encantada", filme de 2007 que serve como uma sátira as clássicas narrativas dos contos de fadas ao apresentar Giselle, princesa do reino de Andalasia que estava prestes a se casar com o príncipe encantando, quando foi expulsa de seu próprio mundo mágico por uma rainha malvada e acabou parando no mundo real, mais especificamente, na cidade de Nova York, onde em meio ao caos e novidades, descobre o que é o amor verdadeiro.
Mas, o que muitos podem não imaginar é que a trama seria bem diferente quando passou a ser idealizada. Acontece que, conforme apurado pelo portal Collider, o roteiro de Bill Kellyfoi comprado pela produtora adulta da Disney, a Touchstone Pictures, e a ideia original, vendida por ele em setembro de 1997, não trazia Giselle caindo na Times Square, mas em uma despedida de solteiro em Chicago, onde acabava sendo confundida com uma stripper.
Com essa premissa, o diretor do longa, Kevin Lima, revelou ao USA Today em 2007 que a versão original seria "um filme com classificação R muito mais picante". Além disso, Lima admitiu que "o estúdio levou tempo para redescobrir o cerne da história", o que pode justificar os oito anos de desenvolvimento do longa-metragem, e o envolvimento de diversos outros roteiristas até que a trama voltasse para as mãos de Kelly em 2005, já que foi necessário reescrever a história para que a classificação fosse sendo reduzida até se tornar livre para todos os públicos.
Felizmente, Kelly conseguiu reformular a história com a ajuda de Lima, visto que o cineasta foi quem sugeriu ambientar a chegada de Giselle na Times Square. Como resultado, a trama acabou aclamada pela crítica, sendo indicada em três categorias do Oscar e concorrendo a dois prêmios no Globo de outro; além de se tornar adorada pelo público, arrecadando mais de 340 milhões de dólares em todo o mundo em bilheteria.
Com nomes como Amy Adams, Patrick Dempsey, James Marsden, Timothy Spall, Idina Menzel, Rachel Covey e Susan Sarandon no elenco, a trama, que mistura animação e live-action e traz ainda referências a histórias como “Branca de Neve e os Sete Anões”, “Cinderela”, “A Bela Adormecida” e “A Pequena Sereia”, está disponível para streaming no Disney+.