NewJeans se compara a ‘vítimas de violência escolar’ em caso com a ADOR
Durante nova audiência judicial, integrantes do NewJeans relatam estado emocional comparando-se com "vítimas de violência escolar"; confira!

Nesta quinta-feira, 24, ocorreu no Tribunal Distrital Central de Seul outra audiência envolvendo as integrantes do NewJeans e a ADOR, empresa subsidiária da HYBE, sobre o contrato exclusivo ainda em vigor do grupo. Assim, os representantes legais das artistas apresentaram novas alegações, incluindo uma carta escrita por Minji, Hanni, Danielle, Haerin e Hyein, em que elas comparam a situação atual ao trauma vivido por vítimas de violência escolar.
Durante a sessão, os advogados do quinteto voltaram a afirmar que elas enfrentam dificuldades emocionais apenas ao se aproximarem do prédio da produtora, chegando a relatar o uso de antidepressivos como consequência direta da tensão envolvida na relação com a agência. Segundo eles, as cantoras desejam seguir suas carreiras na indústria do entretenimento, mas não veem possibilidade de fazê-lo enquanto estiverem vinculadas à gravadora.
“As membros querem continuar suas carreiras na indústria do entretenimento, mas não querem fazê-lo sob a ADOR. Até mesmo chegar perto do prédio da ADOR faz seus corações dispararem e as obriga a tomar antidepressivos”, relatou.
A petição apresentada ao tribunal incluiu trechos em que as integrantes escrevem que as obrigar a retornar para a ADOR seria equivalente a “forçar uma vítima de bullying a voltar ao ambiente de seu agressor”. As idols ainda afirmam que a equipe inicial que as acompanhava já deixou a agência, e que a gestão atual não escuta mais o que elas têm a dizer, questionando o quanto precisarão “gritar” até que alguém reconheça o sofrimento que estão passando.
“Dizer-nos para voltar ao ADOR é como dizer a uma vítima de bullying escolar para voltar ao lugar onde está seu agressor. A equipe que trabalhou conosco já foi embora, e a ADOR não está mais ouvindo genuinamente o que temos a dizer. Quão alto temos que gritar antes que alguém perceba o quanto estamos sofrendo?”, explicou.
O caso ainda está em andamento.
Condições impostas
Apesar das declarações, os advogados ressaltaram que Minji, Hannie, Danielle, Haerin e Hyein não recusam completamente a possibilidade de retornar à ADOR, desde que a empresa volte a ser a mesma anterior à auditoria interna iniciada pela HYBE em abril de 2024. De acordo com a defesa, esse processo foi o ponto de ruptura, marcado por acusações contra a então CEO, Min Hee Jin, e por uma tentativa de afastá-la da gestão, o que teria mudado completamente o ambiente de trabalho dentro da agência.
Ainda segundo os representantes, o quinteto perdeu a confiança na empresa após a HYBE assumir o controle da ADOR, e alegam que a estrutura atual não oferece segurança emocional ou profissional. A equipe também firma que o apoio que antes recebiam era fruto direto da gestão da ex-CEO e que, sob a nova liderança, não existe mais o vínculo de confiança necessário para a continuidade do contrato.