Veja os principais acontecimentos do primeiro dia de julgamento do processo da Belift Lab contra Min Hee Jin, ex-CEO da ADOR
Publicado em 10/01/2025, às 13h50
Nesta sexta-feira, 10, aconteceu na Coreia do Sul a primeira sessão para julgar o processo da Belift Lab, subsidiária da HYBE, contra Min Hee Jin, ex-CEO da ADOR, por danos morais contra seus artistas.
Conforme repercutido pelo portal Koreaboo, a empresa estaria pedindo ₩ 2,00 bilhões de wons (cerca de US$ 1,37 milhão), como indenização por Hee Jin ter causado danos aos seus grupos devido às suas acusações de plágio durante o conflito contra a HYBE.
O veículo aponta que, durante o julgamento, o advogado responsável por representar a Belift teria dito que a ex-CEO da ADOR “visou o ILLIT, um grupo que havia estreado recentemente, e fez declarações que causaram danos significativos, independentemente da verdade”.
Vale lembrar que, no início de seu desentendimento com o conglomerado HYBE, Min Hee Jin acusou a Belift Lab de copiar o conceito e algumas coreografias utilizadas no NewJeans para seu novo girlgroup, o ILLIT. Além disso, em novembro, o portal sul-coreano Hankyeore divulgou um relatório denunciando um possível plágio da equipe do ILLIT dos planejamentos de debut do NewJeans.
Durante o julgamento, o advogado da empresa negou novamente as acusações de plágio, afirmando que “existem padrões estabelecidos e, dependendo de como um indivíduo executa os movimentos, eles podem ser avaliados como diferentes. Da mesma forma, na coreografia do K-Pop, há uma ligação com os movimentos repetidos, o que é natural na indústria. O importante é que cada grupo mostre sua individualidade para atrair o público, mas Min alegou erroneamente que esses movimentos eram seus”.
Segundo o profissional, a ex-CEO Min teria atacado outras formações “como parte de estratégias de promoção interna”, chamando a empresária de uma pessoa “maliciosa”.
Em resposta, o advogado de Hee Jin defendeu sua cliente apontando que a ação não se tratava de um ataque direcionado, mas sim de uma retratação de fatos objetivos. De acordo com os representantes, “o ILLIT estreou 8 meses após o NewJeans e, desde a estreia do ILLIT, houve alegações contínuas de plágio. Enquanto Min tentava resolver internamente por meio de seu e-mail, a HYBE conduziu uma auditoria ilegal. Como resultado, Min não teve escolha a não ser falar publicamente e realizar uma entrevista coletiva, levantando a questão para trazê-la à atenção do público”.
A defesa ainda alegou que os planos da empresária teriam supostamente vazado antes mesmo da conclusão dos planos da Belift, além de afirmar que até mesmo os materiais fornecidos para o julgamento confundiram o tribunal na hora de distinguir qual grupo era o ILLIT ou o NewJeans. Dessa forma, o advogado concluiu que a ação de Min Hee Jin não teria sido difamação, mas sim apenas a revelação de uma questão de interesse público.
Como tréplica, os representantes da Belift Lab afirmaram que a ex-CEO da ADOR tinha “intenção maliciosa de atingir um concorrente em potencial que ainda não havia formado uma base de fãs forte”, ou seja, o ILLIT.
Após o pronunciamento de ambas as partes, o juiz concluiu que existe “uma necessidade de determinar se Min fez declarações baseadas em fatos e se o padrão de julgamento deveria ser baseado em especialistas ou no público”. O caso segue em andamento, e contará com novas sessões em breve.
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