Diretor compartilha quais serão as divergências entre o desenho dos anos 2000 e o primeiro live-action de 'Lilo & Stitch'; descubra!
O lançamento de um dos live-actions mais esperados deste ano, 'Lilo & Stitch', está se aproximando! O longa, que será baseado na animação clássica dos anos 2000 da Disney, traz para o elenco Maia Kealoha no papel da garotinha havaiana, Sydney Agudong como irmã da protagonista, Nami, e ainda tem o retorno de Chris Sanders na voz do alienígena azul. A trama ganha a direção de Dean Fleischer Camp, que em entrevista contou novos detalhes da produção, inclusive sobre as distinções para o desenho.
Nesta sexta-feira, 09, o cineasta compartilhou com a revista EW como é assumir a adaptação e sua visão sobre releituras fiéis à obras originais, principalmente levando em consideração os tempos atuais. "O verdadeiro truque é tentar fazer um filme que rime muito bem com o que as pessoas lembram do original, sem apenas fazer um espelho exato de um para um."
Fleischer Camp revelou que ao adaptar Stitch, sempre teve o foco na destruição, e seus momentos caóticos foram um dos maiores desafios, pelo fato de "a violência no live-action funciona de forma muito diferente”, exemplificando com a suposição que "em um filme de animação, você poderia ter um acidente de carro com 10 carros realmente engraçado, mas eu desafiaria qualquer diretor de live-action a fazer um acidente de carro com 10 carros realmente engraçado".
“Tivemos que suavizar algumas cenas que funcionavam bem na animação, mas aqui não teriam o mesmo efeito, ao mesmo tempo em que criamos novas situações que só o live-action permite”, completou o cineasta.
O diretor compartilhou que a nova versão pretende mostrar com mais enfoque as dificuldades que Nani enfrenta para cuidar da irmã e o impacto da ameaça de separação.
"Em um filme live-action, se vamos retratar uma criança de 6 anos sendo arrancada da irmã pelos serviços sociais, é preciso realmente acreditar nesse relacionamento. Não se pode trair ou disfarçar. É preciso realmente ir fundo, fazer com que essas coisas se concretizem e sentir que se está retratando uma experiência real", finalizou.
Por fim, ele retratou sobre a mudança nos personagens alienígenas Jumba e Pleakley que, diferente da versão animada da Disney, na qual os dois usavam disfarces engraçados, mas mantinham suas formas alienígenas, no live-action eles aparecem com peles humanas em parte do filme. Segundo o diretor, isso foi uma decisão criativa e também prática, já que criar os dois inteiramente em CGI exigiria um orçamento muito maior, entretanto, tranquilizou garantindo que os dois ainda aparecem em suas formas reais em vários momentos.
"Os fãs da Disney são alguns dos mais obsessivos do mundo. Então eu acho que o fato de eles estarem tipo, 'Mas espere! Eles não mostraram muito de Pleakley. Isso é uma coisa ruim?' Isso é um sinal de que acertamos em cheio no design de Stitch. O humor deles andando pelo Havaí vestidos com esses disfarces terríveis, onde Pleakley ainda tem um globo ocular, é um pouco mais difícil de comprar em ação ao vivo".
Uma surpresa aos fãs da animação estreada em 2002, é que o novo filme também conta com participações especiais dos dubladores da animação original. Além de Sanders voltando como Stitch, Tia Carrere (a Nani original), Jason Scott Lee (David) e Amy Hill (Sra. Hasagawa) ganham papéis especiais que homenageiam suas versões clássicas.
O live-action de 'Lilo & Stitch' chega aos cinemas mundiais no dia 23 de maio.