Acusações aconteceram hoje, 17, na primeira audiência da liminar instaurada a fim de impedir que a CEO da ADOR, Min Hee Jin, perca o cargo na empresa
Publicado em 17/05/2024, às 12h38
A primeira audiência da liminar aberta pela empresária Min Hee Jin, contra a HYBE para evitar que seja demitida do cargo de CEO da ADOR, aconteceu hoje, 17, no Tribunal Distrital Central de Seul, onde ambos os lados puderam abordar as acusações recentes, assim como realizar novas, como a feita pelo conglomerado, que afirma que Min Hee Jin maltratava funcionárias do conglomerado com comentários e atitudes misóginas.
A misoginia equivale ao ódio contra mulheres, podendo ser observada em comportamentos hostis, preconceituosos, excludentes, depreciativos, discriminatórios e violentos, incluindo a contribuição para a criação e manutenção de sistemas e ambientes que instiguem a desigualdade entre os gêneros e a crença de superioridade masculina.
Assim, a HYBE alegou que em março de 2024, quando o vice-presidente (que recebeu apenas a letra “L” como identificação) foi acusado de assediar sexualmente funcionárias da ADOR, Min Hee Jin pressionou as vítimas a “adotarem uma atitude submissa” e fez “comentários inimaginavelmente misóginos”, afirmaram representantes do conglomerado.
Além disso, a empresa afirmou que Min Hee Jin se referia às suas colegas de trabalho como “gae-jumma”. Segundo o portal Koreaboo, esse é um termo pejorativo que ganhou forma a partir da junção das palavras coreanas para cachorro (gae) e velha (ahjumma).
Mais que isso, a CEO também foi acusada de usar o termo “femi” com as demais funcionárias, uma versão abreviada de “feminista”, que na Coreia do Sul é tido como um rótulo depreciativo, usado para aqueles que agem contra a discriminação de gênero e o empoderamento feminino.
Vale lembrar que o caso HYBE X ADOR se tornou público em 22 de abril, quando a HYBE instaurou uma auditória na ADOR após suspeitas de que a agência estaria planejando se tornar independente do conglomerado. Uma das primeiras ações da empresa matriz foi solicitar a renúncia de Min Hee Jin do cargo de CEO.
Na época, a ADOR negou a tentativa de se desvincular da HYBE, assim como declarou que o motivo do conflito é, na verdade, um suposto plágio por parte da BELIFT LAB, que teria copiado o conceito do NewJeans para o ILLIT. O caso segue em andamento.