Um dos livros mais famosos da História, publicado em 1831, por Victor Hugo, Corcunda de Notre Dame carrega fatos curiosos
Uma das obras literárias mais icônicas da História é "Notre-Dame de Paris", também conhecido como "O Corcunda de Notre-Dame", escrita pelo renomado autor francês Victor Hugo.
Publicado em 1831, o romance narra a história de Quasimodo, o solitário sineiro da Catedral de Notre-Dame, em meio à tumultuada Paris do século XV, sob o reinado de Luís XI.
Ambientada na Paris medieval, a trama gira em torno de Quasimodo, um sineiro surdo e corcunda, cujo mundo se transforma ao se apaixonar pela cigana Esmeralda. A jovem demonstra compaixão por Quasimodo após testemunhar sua humilhação pública.
Paralelamente, Claude Frollo, arquidiácono da catedral, nutre uma obsessão doentia por Esmeralda. Ao descobrir que ela tem afeição pelo Capitão Febo, Frollo comete um ato de violência contra o capitão, resultando na acusação injusta de Esmeralda como responsável pelo crime.
Quasimodo busca proteger Esmeralda ao abrigá-la na catedral, mas seus esforços são em vão, e ela é condenada à morte por enforcamento. Desesperado e tomado por um profundo ressentimento, o protagonista confronta Frollo e o lança de uma das torres da catedral. No desfecho trágico da narrativa, os restos mortais de Quasimodo são encontrados abraçados ao corpo de Esmeralda em seu túmulo.
Sucesso ao redor do mundo, a história inspirou o cinema e o teatro. Em 1939, por exemplo, o clássico filme "O Corcunda de Notre Dame" trouxe Charles Laughton no papel principal. A Disney também revisitou a obra em 1996 com uma animação que ainda fascina diferentes gerações.
Além da ficção literária, há indícios históricos que sugerem a existência de um verdadeiro "corcunda" que pode ter inspirado Victor Hugo, repercute a BBC.
Em 2010, pesquisadores descobriram referências nas memórias do escultor britânico Henry Sibson, que trabalhava na Catedral de Notre-Dame durante o século XIX. Sibson mencionou um colega corcunda conhecido por ser reservado e pouco sociável entre os escultores.
"Fiz uma solicitação nos estudos do governo, onde estavam construindo grandes figuras, e aqui me encontrei com o senhor Trajano, o homem mais digno, paternal e gentil que já existiu. Ele trabalhava para o escultor do governo, cujo nome eu esqueci porque não me relacionei com ele. Tudo o que sei é que ele era corcunda e não gostava de se misturar com os escultores", explicam as memórias do escultor britânico, hoje no Tate Gallery em Londres.
Conforme relembrado pela revista Time, o escultor trabalhou na catedral histórica numa época semelhante a que Victor Hugo escreveu o seu romance.