Descubra quais são as Eras da Disney, ou seja, os períodos que marcam os lançamentos das animações do estúdio criado por Roy e Walt Disney
Publicado em 17/06/2025, às 17h44
Lançando animações há mais de um século, a Disney tem títulos que abordam os mais variados temas e trazem os mais diversos tipos de personagens, já que o estúdio conta com membros da realeza, animais falantes, crianças e adolescentes que enfrentam dificuldades para se encaixar, além de meninos que nascem de madeira ou tem conexão ímpar com a natureza, ou a habilidade de nunca crescer, dentre muitos outros.
Mais que isso, a empresa fundada por Roy e Walt Disneyem 1923 pôde contar com nomes como David Hand, Ben Sharpsteen, Wilfred Jackson, Jennifer Lee, Byron Howard, Jared Bush e tantos outros para comandar os títulos animados que também contaram com diferentes técnicas ao longo dos anos para chegar às telonas com o melhor da tecnologia de cada época.
Com tantas histórias, técnicas e profissionais envolvidos, surgiu a criação das Eras da Disney, em que especialistas em cinema se baseiam nos períodos importantes da história do mundo e do estúdio, bem como tópicos em comuns entre as animações para identificar quando cada obra do estúdio chegou às telonas; veja quais são todas elas:
A primeira era é definida como Primórdios. Aqui há o começo da Disney, o qual foi marcado pelo lançamento de curtas-metragens e pelo surgimento de alguns dos personagens mais icônicos do estúdio, como Mickey Mouse, que é um dos símbolos da empresa até hoje.
Na época, essas produções eram, em sua grande maioria, sem diálogos, e exibidos nos cinemas antes longas-metragens ou pequenas séries cinematográficas (conhecidos como film serials).
Foi também nesse período que a tecnologia technicolor (série de processos cinematográficos coloridos) passou a ser atribuída as animações.
Títulos dessa era: Laugh-O-Grams (1921-1922); Alice Comedies (1923-1927); Oswald, the Lucky Rabbit (1927-1928); Mickey Mouse (1928-Presente); Silly Symphonies (1929-1939)
Em seguida, vem à Era de Ouro, marcada pelo surgimento dos longas-metragens do estúdio com “Branca de Neve e os Sete Anões”, que também se tornou o primeiro filme de longa duração a cores do cinema. Esse período também traz grandes inovações, como a criação do Fantasound System, um sistema de reprodução de som usado até hoje nos cinemas.
Títulos dessa era: Branca de Neve e os Sete Anões (1937); Pinóquio (1940); Fantasia (1940); Dumbo (1941); Bambi (1942)
Após o grande sucesso dos primeiros filmes em animação de longa duração, a Disney viu o cenário começar a mudar com a eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939 — 1945) e a participação dos Estados Unidos no conflito a partir de 1941, já que funcionários da empresa deixaram os cargos para servir ao exército e os funcionários que restaram tinham pouco tempo para dedicar a projetos do estúdio, já que a Disney passou a desenvolver propagandas militares a mando do governo americano e orçamento dos filmes foi ficando cada vez menor.
Além disso, com o conflito, havia pouco interesse do público em ir aos cinemas. Dessa forma, os filmes dessa época, são, em maioria, compostos por compilações de curtas-metragens.
Títulos dessa era: Alô, Amigos (1943); Você Já Foi à Bahia? (1944); Música, Maestro! (1946); Tempo de Melodia (1948); As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949)
A Era de Prata começa em 1950, quando Walt Disney expressa o desejo de trazer mais leveza para o coração das pessoas após grande guerra, retornando com os acertos da Era de Ouro, já que esse período é repleto de adaptação de obras literárias.
Títulos dessa era: Cinderela (1950); Alice no País das Maravilhas (1951); A Bela Adormecida (1959); A Espada Era a Lei (1963); Mogli: O Menino Lobo (1967)
Ainda durante a Era de Prata surgiram dois grandes episódios que colocariam a Disney em queda novamente: a Guerra do Vietnã (1955-1975) e a morte de Walt Disney, que faleceu em 1966 em decorrência de um câncer.
Tentando salvar o estúdio, a Disney investiu em uma nova técnica de animação, a xerografia, que não agradou de início, já que os filmes desse período, apesar do alto investimento, não foram sucesso de bilheterias e não agradaram à crítica especializada.
Títulos dessa era: Aristogatas (1969); As Aventuras do Ursinho Pooh (1977); O Cão e a Raposa (1981); O Caldeirão Mágico (1985); As Peripécias de um Ratinho Detetive (1986)
Foi nesse período que a Disney começou a se reerguer (mais uma vez)! Aqui, o estúdio conseguiu emplacar animações lembradas hoje como clássicos da empresa, que contaram não só com elementos de novos recursos digitais de animação, como também receberam grande prestígio em premiações renomadas do cinema.
Títulos dessa era: A Pequena Sereia (1989); A Bela e a Fera (1991); Aladdin (1992); O Rei Leão (1994); Mulan (1998)
Também conhecida como Fase de Experimentação e Segunda Era Sombria, a Era Pós-Renascentista marcou a entrada de vez da Disney no mundo da animação em 3D, que apesar da inovação no estilo que estava em ascensão com “Toy Story” e “Shrek”, acabou não obtendo grande sucesso com o público comum e o especializado.
Títulos dessa era: Fantasia 2000 (2000); A Nova Onda do Imperador (2000); Lilo e Stitch (2002); O Galinho Chicken Little (2005); Bolt: Supercão (2008)
Com o pouco prestígio, a Disney resolveu voltar as origens, retornando com filmes de princesa, mas agora com alterações pertinentes à época, com protagonistas mais progressivas e feministas — o que reviveu o sucesso do estúdio, tanto é que “Frozen” (2013) é o filme de animação de maior bilheteria de todos os tempos — além de diversos outros títulos repletos de criatividade.
Títulos dessa era: A Princesa e o Sapo (2009); Detona Ralph (2012); Frozen (2013); Big Hero 6 (2014), Zootopia (2016); Moana (2016)