Conheça mulheres que deixaram a sua marca na história
Você sabia que no dia 11 de fevereiro, é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência? A data, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo homenagear mulheres cientistas e ressaltar a importância da participação feminina na área. Afinal, há séculos, mulheres vêm enfrentando a desigualdade de gênero no mercado de trabalho, e a falta de reconhecimento de suas conquistas na ciência é um fator que ainda deve ser debatido.
Enquanto isso, o dia 8 de março celebra o Dia Internacional das Mulheres, dia simbólico que nos lembra e nos conscientiza sobre toda a luta vivida pelas mulheres ao longo da História.
Pensando nisso, selecionamos hoje 7 mulheres que deixaram suas marcas na História através de descobertas científicas, mesmo com a falta de incentivo na época — e que merecem ser enaltecidas! Dá uma olhada:
Considerada “Mãe da Física Moderna”, Marie Sklodowska trouxe diversas contribuições para a física e a química durante sua vida, tornando-se pioneira em estudos sobre radioatividade.
Nascida na Polônia, a jovem mudou-se para a França em 1891 com o objetivo de estudar física e matemática na Universidade de Paris — já que, no seu país de origem, as mulheres não eram admitidas em universidades. No ano de 1903, tornou-se a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel de Física, junto com seu marido Pierre Curie e com o francês Henri Becquerel, graças às suas descobertas relacionadas à radiações.
Em 1911, após o falecimento de Pierre, Marie tornou-se a primeira pessoa a ganhar o Prêmio Nobel duas vezes e em dois campos diferentes — dessa vez na Química, por ter descoberto o rádio e o polônio. Curie faleceu em 1934, aos 66 anos, devido a problemas de saúde causados pela alta exposição à radiação durante suas pesquisas científicas.
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Nascida na atual Sérvia, em 1875, Mileva Maric foi uma matemática e física extremamente brilhante. Apesar dos julgamentos da sociedade sob suas escolhas, tornou-se, em 1897, a quinta mulher a entrar no curso de Física na Escola Politécnica de Zurique. Foi lá que conheceu Albert Einstein, com quem foi casada de 1903 a 1919.
O que muita gente não sabe é que, na verdade, Einstein não era tão bom aluno assim na faculdade — e era Mileva, a única mulher de sua turma, quem o ajudava a resolver os exercícios de classe. Na primeira publicação de Einstein sobre a Teoria da Relatividade, seu nome aparece como co-autora, mas desapareceu nas edições seguintes. No entanto, em diversas cartas trocadas pelo casal, o cientista refere-se à teoria como “nosso trabalho”. Apesar de ter contribuído essencialmente no estudo, a física teve seu mérito excluído e nunca devidamente reconhecido ao longo da história.
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Nise da Silveira ficou conhecida no meio científico e médico pelas suas contribuições à psiquiatria. Nascida em Maceió no ano de 1905, cursou a Faculdade de Medicina da Bahia de 1921 a 1926, destacando-se por ser a única estudante mulher entre os 157 alunos de sua turma.
Em 1936, durante a Intentona Comunista, passou 18 meses presa e teve contato com figuras históricas, como Olga Benário e Graciliano Ramos, e até mesmo foi citada na obra Memórias do Cárcere. No ano de 1944, integrou parte do quadro de funcionários do Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, onde passou a se manifestar contra o uso de técnicas como eletrochoques, isolamento e camisas de força para pacientes com os mais variados estágios de doenças mentais.
Após embates com a equipe médica, Nise foi transferida para a área de terapia ocupacional, onde os pacientes realizavam trabalhos braçais. A partir de então, em 1946, fundou a “Seção de Terapêutica Ocupacional”, oferecendo aos internos materiais artísticos para que pudessem se expressar e direcionar sua criatividade. Além disso, ao longo dos anos, introduziu e divulgou no Brasil a psicologia junguiana, desenvolveu novos projetos na área de psiquiatria e revolucionou o trabalho com doenças mentais no país.
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Especialista no tratamento de diversas doenças, Gertrude Elion desde jovem mostrava interesse pelo campo da ciência. Aos 15 anos, após a perda de seu avô, vítima de um câncer, o desejo de contribuir para a busca pela cura da doença cresceu na adolescente.
Ela ajudou a desenvolver o tratamento para doenças como herpes, malária, leucemia entre outras e teve oportunidade de se aprofundar em pesquisas sobre o DNA, pouco exploradas na época.
O começo de sua carreira foi conturbada, principalmente pela questão financeira, a cientista trabalhou de forma voluntária para adquirir experiência até conseguir se dedicar ao seu mestrado na área. Grande parte de suas contribuições se tornaram tão eficazes que foram incorporadas a medicamentos que trouxeram o Prêmio Nobel a Gertrude.
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Nascida em 1918, Katherine Johnson ficou conhecida como a mulher que ajudou a NASA a chegar até a lua. Com uma grande aptidão para os números, a matemática realizou grandes contribuições para a aeronáutica e exploração espacial nos Estados Unidos.
De 1953 a 1958, trabalhou na função de “computador” no Centro de Pesquisa Langley. No entanto, sofreu grande segregação racial junto com outras mulheres negras que integravam a equipe, e seu trabalho não fora reconhecido por muitos anos. A partir de 1958, tornou-se técnica espacial, calculando trajetórias de vôos — como o de Alan Shepard, primeiro norte-americano no espaço, a janela de lançamento do Projeto Mercury e a missão Apollo 11, que levou Neil Armstrong a pisar na lua.
Suas contribuições ficaram à sombra do público por muito tempo. Até que em 2016 sua história foi narrada no filme Estrelas Além do Tempo, mostrando toda a sua determinação e talento. Considerada uma heroína americana, Katherine Johnson construiu um legado inspirador e faleceu no ano de 2020, aos 101 anos de idade.
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Rosalind Franklin foi nada mais, nada menos, do que a química que descobriu a estrutura do DNA, uma das ferramentas chave para o tratamento e a pesquisa de diversos vírus, doenças e a própria formação do grupo de características de qualquer ser vivo.
Pioneira em pesquisa sobre biologia molecular, também realizou diversos outros estudos, como a intensidade e a orientação do campo magnético do raio-x. Sua descoberta sobre o formato helicoidal do DNA foi desacreditada por seu chefe na época, Maurice Wilkins, que não aceitava a autoria de suas pesquisas e chegou a ser bastante ofensivo sobre sua capacidade como cientista e apenas após a morte da pesquisadora em 1958 ela recebeu o título de “mãe do DNA”.
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A astrofísica britânica Jocelyn Bell Burnell desenvolveu diversas pesquisas na área da astronomia e em uma delas descobriu os pulsares, que são estrelas de nêutrons capazes de converter a energia rotacional gerada por seu movimento em energia eletromagnética.
No período de seu estudo, ela fazia parte da turma orientada pelo astrônomo Anthony Hewish, que levou os créditos e recebeu um Prêmio Nobel no ano de 1974, deixando a estudante de fora.
A injustiça sobre o prêmio se manteve até o ano de 2018 quando a cientista recebeu o Fundamental Physics Prize, responsável por reconhecer descobertas fundamentais realizadas por físicos. Ela dedicou o prêmio ao incentivo de mulheres e minorias a ingressarem nos estudos na área.
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