Eles são cultivados livres de agrotóxicos e são produzidos em solo especial. Saiba mais!
Maria Carolina Cristianini Publicado em 15/01/2020, às 11h00 - Atualizado em 10/03/2022, às 11h00
A agricultura orgânica é aquela que segue um sistema organizado (daí surgiu a palavra orgânico) para melhorar o ecossistema (relação entre os seres vivos e o ambiente) agrícola. Algumas práticas devem ser respeitadas. Por exemplo: não usar agrotóxicos (substâncias que combatem pragas), fertilizantes químicos (tornam o solo mais propício ao cultivo), conservantes e sementes geneticamente modificadas.
O Brasil, por possuir tipos variados de solo e de clima, é capaz de produzir diversos alimentos de forma orgânica. Em nosso país, esse mercado está em pleno crescimento.
Embora ainda não existam muitos estudos comparando as substâncias existentes em alimentos orgânicos e comuns, algumas pesquisas sugerem que, em alguns produtos orgânicos, possa haver maior concentração de certos nutrientes. Um estudo inglês, publicado em 2014, por exemplo, verificou que alguns alimentos orgânicos tiveram aumento de antioxidantes (substâncias que podem prevenir doenças) quando comparados com os convencionais. Mas isso varia conforme o tipo de solo, irrigação e clima.
Uma das principais desvantagens dos orgânicos é o preço, pois são produzidos em menor quantidade. Assim, chegam com valor mais alto para o consumidor. Mas, como o incentivo da produção e o aumento do consumo, talvez fiquem mais baratos daqui algum tempo.
Carnes, frangos e peixes também podem ser orgânicos. Nesse caso, eles são criados sem o uso de medicamentos veterinários e se desenvolvem de forma mais natural.
Em teoria, não há qualquer problema em consumir alimentos comuns, pois os agrotóxicos passam por testes que verificam, por exemplo, a quantidade de resíduos. No entanto, nem sempre essas regras são respeitadas. É melhor tomar algumas atitudes - tanto para evitar o consumo de agrotóxicos como para retirar contaminações por microrganismos que podem estar presentes em orgânicos.
Uma dica é lavar os alimentos usando uma esponja, detergente e água. Também vale deixá-los, por meia hora, em uma mistura de duas colheres (sopa) de vinagre e 1 litro de água – ou usar produtos prontos, à venda em supermercados, para auxiliar na lavagem. Além disso, escolhar as frutas da estação, que recebem menos substâncias químicas durante o cultivo.
Consultoria: Deborah H. M. Bastos (professora do Departamento de Nutrição da USP), Flávia Alcântara (doutora em Ciência do Solo, pesquisadora em Fertilidade do Solo e Agroecologia e responsável pela Fazendinha Agroecológica da Embrapa), Hellen D. B. Maluly (doutora em Ciência dos Alimentos pela Unicamp) e Valdemiro C. Sgarbieri (professor do Departamento de Alimentos e Nutrição da Unicamp).
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