Apesar de ter reinado por 70 anos, Elisabeth II poderia não ter chegado ao trono
Nesta quinta-feira, 08, foi confirmado o falecimento da rainha Elizabeth II pelo Palácio de Buckingham, deixando um legado de 70 anos no reinado britânico — Mas, sabia que inicialmente a monarca não se tornaria rainha?
Elizabeth nasceu durante o reinado de seu avô, o rei George V, mais precisamente em 1926, passando a ocupar a assim, o terceiro lugar na linha de sucessão ao trono, visto que os dois primeiros pertenciam a seu tio, o príncipe Edward, e a seu pai, o príncipe Albert.
Na época, Edward, o primeiro na linha de sucessão, era jovem e ainda poderia se casar e ter filhos. Além do que, havia a possibilidade de que Albert pudesse ter o primeiro filho homem, visto que o príncipe tinha apenas duas mulheres, Elizabeth e Margaret.
Caso Albert passasse a esperar por um menino, a criança ficaria a frente de Elizabeth na linha de sucessão, já que nessa época, os herdeiros do sexo masculino poderiam ultrapassar as mulheres, mesmo que tivessem nascido bem depois.
Curiosidade: O ato era na verdade um direto e a lei só foi abolida em 2011, mas apesar disso, ela ainda se aplica aos nascidos antes dessa data.
Vale lembrar também que, caso Edward tivesse filhos, a princesa veria o possível reinado se tornar cada vez mais uma realidade inalcançável, visto que os herdeiros do primeiro na linha sucessória seriam privilegiados na ascenção ao reinado.
Caso isso acontecesse, as crianças ocupariam o lugar de Albert, que passaria para uma posição mais baixa, assim como aconteceu com o príncipe Harry, que passou a ser o sexto na linha de sucessão após os nascimentos dos três filhos de William, príncipe que ocupa o segundo lugar.
Após a morte de George V, ocorrida em janeiro de 1936, Edward assumiu o trono e tornou-se rei do Reino Unido, mas o monarca permaneceu pouco tempo no poder, visto que antes de sua cerimônia de coroação acontecer, mais precisamente faltando 9 dias para completar um ano no reinado, ele renunciou sua posição de poder para se casar com Wallis Simpson.
No entanto, Simpson era uma socialite americana divorciada e, naquela época, a monarquia britânica não aprovava um novo casamento enquanto o ex-cônjuge ainda estivesse vivo. Tendo isso em vista, o novo relacionamento causou o exílio de Edward para a França e, como ele não possuía herdeiros, o próximo a assumir o trono foi seu irmão Albert, que mudou seu nome para George VI, em homenagem a seu falecido pai.
George VI tornou-se rei em 11 de dezembro de 1936, assim, automaticamente, Elizabeth aos dez anos, tornou-se a primeira na linha de sucessão. A relação entre pai e filha era bem próxima, e relata-se que o rei sempre aconselhava Elizabeth sobre como governar.
O monarca permaneceu no trono até 6 de fevereiro de 1952 quando acabou falecendo, tornando assim, sua filha mais velha a nova rainha da Inglaterra, ou seja, a eterna Elizabeth II.