Entenda por que planetas do nosso Sistema Solar receberam os nomes que conhecemos hoje
Os sumérios, que habitavam a região da Mesopotâmia (atual Iraque) há cerca de cinco milênios, notaram que cinco corpos celestes (Vênus, Marte, Mercúrio, Júpiter e Saturno) se moviam no céu, enquanto os outros ficavam parados. Isso os fez acreditar que fossem deuses!
Assim, esses planetas receberam nomes de divindades sumérias, de acordo com as características de cada um. Séculos depois, os romanos adaptaram os nomes para a mitologia greco-romana — e os cientistas, conforme descobriam novos planetas, continuaram fazendo o mesmo.
Menor planeta do Sistema Solar e o mais próximo do Sol, Mercúrio é o mais rápido a dar a volta ao redor da estrela. Orbita a uma velocidade de 180.000 quilômetros por hora. Foi batizado com o nome do deus romano mensageiro e veloz, associado às viagens e ao comércio. Antes disso, era chamado pelos sumérios de Enki.
Quando visto da Terra, Vênus é o segundo objeto mais brilhante do céu noturno, atrás apenas da Lua. Admirado pelo brilho, recebeu o nome da deusa do amor e da beleza. Antes, era chamado pelos sumérios de Inanna.
Maior planeta rochoso e o quinto maior do Sistema Solar, a Terra não foi batizada de acordo com a tradição greco-romana. Na verdade, o nome tem origem no latim e pode ser traduzido como solo ou chão.
Segundo menor planeta do Sistema Solar, foi batizado em homenagem ao deus romano da guerra, por causa de sua cor vermelho-sangue. O planeta era chamado pelos sumérios de Gugalanna, e pelos egípcios de algo como "o vermelho".
Considerado o rei de todos os planetas, Júpiter é o maior do sistema solar e foi batizado com o nome do deus dos céus, que também é o maior dos deuses. Anteriormente, foi nomeado pelos sumérios de Enlil.
Segundo maior planeta do Sistema Solar, recebeu o nome do deus do tempo por ter a maior translação (movimento ao redor do sol): 29 anos e 6 meses. Era chamado pelos sumérios de Ninurta.
Descoberto em 1781 pelo astrônomo britânico William Herschel, foi inicialmente chamado de Georgium Sidus, em homenagem ao rei George III. Mais tarde, o astrônomo Johann Bode decidiu manter a tradição greco-romana e deu ao planeta o nome de Urano, deus grego dos céus, devido à sua cor azul-celeste.
Previsto matematicamente por John Adams e Urbain Le Verrier, o planeta foi observado por Johann Galle em 1846. A coloração azul do planeta fez com que a comunidade astronômica internacional o relacionasse ao deus romano dos mares.
Consultoria: Rodolpho Vilhena de Moraes (professor de Mecânica Celeste da UNIFESP).