Saiba quem são os refugiados que vivem no Brasil e saiba por que eles estão aqui
Quando usamos a palavra refugiados estamos nos referindo a imigrantes que fogem dos países de origem em busca de melhores condições de vida. Mas é importante lembrar que os refugiados não abandonam o local onde nasceram porque querem. Eles fazem isso quando não há mais condições de continuar vivendo ali.
Motivos variados
As razões para que os refugiados abandonem o país onde viviam são variadas. Pode ser por causa de guerras, como a da Ucrânia, ou por questões culturais — caso da Nigéria, onde uma lei proíbe que as pessoas sejam homossexuais.
De acordo com o CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), o Brasil fechou 2021 cerca de 54 mil refugiados reconhecidos de mais de 77 nacionalidades diferentes.
Por que o Brasil?
Muitos vêm para cá porque nosso país conta com uma política amigável para receber refugiados. O Brasil aceita a vinda dessas pessoas e dá acesso a documentos e serviços prestados pelo governo.
Entre os muitos refugiados que decidem viver no Brasil, os que vêm em maior número são os da Síria, por causa da guerra, Angola e República Democrática do Congo, devido a violações dos direitos humanos, e Palestina, por causa do conflito constante na região contra Israel.
Além permitir a entrada de refugiados, o Brasil tem uma lei que garante acesso a documentos de identificação (como RG e CPF) e ao direito de permanência em nosso território.
Em território brasileiro
O principal local escolhido pelos refugiados que chegam ao Brasil é o estado de São Paulo, principalmente a capital. É assim por causa da facilidade de acesso e à maior concentração de locais que ajudam essas pessoas. O segundo lugar que mais acolhe esse tipo de imigrante é o Acre. Muitos haitianos e venezuelanos chegam a esse estado da região Norte por terra.
Apesar de poderem permanecer em nosso país, muitos refugiados não encontram boas condições por aqui. O Brasil não tem políticas que façam a integração do imigrante com a sociedade. Assim, surgem desafios como o idioma e o preconceito. Muitas vezes, os refugiados são tratados como se fossem foragidos. Aí, não conseguem emprego.
Consultoria: Juliana Barsi (co-idealizadora do projeto Conectados e co-fundadora e diretora executiva da Associação Bela Rua). Fonte: Agência da ONU para Refugiados.