Já disponível nos cinemas, o live-action de 'Lilo e Stitch' apresenta o assistente social Cobra Bubbles de forma diferente da animação. Entenda!
Publicado em 29/05/2025, às 15h53
O tão esperado live-action de “Lilo e Stitch” já está em cartaz nos cinemas, protagonizado pela atriz estreante Maia Kealoha, de 8 anos, que dá vida à Lilo, e Chris Sanders, ator que, além de co-dirigir a trama ao lado de Dean Fleischer Camp, também volta ao papel de Stitch.
Seguindo o mesmo formato de produção dos recentes live-actions lançados pela Disney, o filme adapta boa parte da animação de 2002, recriando cenas que são facilmente identificadas, porém, também conta com algumas alterações, que podem ir das mais sutis às mais notáveis — e que, nem todas, agradaram o público.
Uma das claras mudanças que dividiu as opiniões dos fãs é a de Cobra Bubbles, apresentado na animação como um ex-agente da CIA que se torna o assistente social responsável por acompanhar o caso de Nani e Lilo após o falecimento de seus pais.
Já no novo live-action, Bubbles, vivido pelo ator Courtney B. Vance, surge apenas como um agente da CIA responsável por investigar a chegada de um ser não identificado no Havaí, que atravessou a atmosfera da Terra e causou destruição e confusão em um casamento. O cargo de assistente social responsável por acompanhar de perto o caso de Lilo e Nani foi atribuído à Sra. Kekoa, personagem vivida por Tia Carrere.
*Curiosidade: Tia Carrere é a dubladora oficial de Nani na animação de 2002.
Ao descobrir que o possível alienígena havia sido adotado por uma família, Cobra pede para que o coloquem disfarçado como um diretor da assistência social que precisa conferir pessoalmente a situação de Lilo e Nani, que foi colocada como emergência.
Apesar de ter dividido opiniões, em recente entrevista ao USA Today, Dean Fleischer Camp, diretor responsável pelo longa ao lado de Chris Sanders, justificou o motivo por trás das mudanças do personagem, onde disse que todas foram feitas baseando-se no realismo que o formato live-action exige.
Segundo o cineasta, por mais que, na animação, fosse fácil para o público acreditar que um homem imponente que possui “Cobra” tatuado em suas mãos fosse um assistente social, o mesmo não se aplicaria no live-action. Além disso, a relação entre Nani e Sra. Kekoa busca trazer ainda mais profundidade à trama.
“Para justificar a separação dessas duas garotas em um filme live-action, não seria possível que o representante dessa força antagônica fosse um cara enorme e cômico com tatuagens nos nós dos dedos, que por algum motivo também é assistente social. [...] Essa Nani adulta, com toda a sua sabedoria, agora está aconselhando uma versão mais jovem de si mesma. É lindo”, disse Dean.
Já ao Entertainment Weekly, Fleischer Camp continua sua explicação dizendo que a decisão fez com que a história se parecesse ainda mais real: “Se o drama de Lilo é que ela vai se separar da irmã, então você precisa de uma pessoa que realmente cuide desse desafio de forma crível. Você pode se safar com isso sendo o Cobra Bubbles em um filme de animação — um cara enorme de 1,95 m com ‘Cobra’ tatuado nos nós dos dedos é, de alguma forma, um assistente social nesse mundo”.
“Acho que não se consegue fazer isso da mesma forma em um filme live-action. Isso orientou muitas das nossas decisões — como pousar o avião em termos das realidades emocionais que estavam acontecendo no filme”, finalizou.
O live-action de “Lilo e Stich” está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.