HYBE se pronuncia sobre investigação financeira contra Bang Si Hyuk

Após a controvérsia de investigação de financeira do presidente da HYBE, Bang Si Hyuk, a empresa compartilhou primeiro comunicado oficial sobre caso

Bang Si Hyuk, fundador e presidente da HYBE - Vivien Killilea/Getty Images

Posterior a decisão das autoridades financeiras da Coreia do Sul exigirem um processo contra Bang Si Hyuk, presidente da HYBE, e três ex-executivos da gravadora por supostamente se envolverem em transações fraudulentas que violam a Lei do Mercado de Capitais, a empresa publicou um comunicado oficial nesta quinta-feira, 10, sobre o caso.

Na nota divulgada, representantes da HYBE afirmam estar colaborando com as investigações com envios de explicações e documentos, reforçando que a oferta pública inicial (IPO) da empresa foi manejada dentro da legislação e regulamentação impostas pelo país.

“Estamos cooperando ativamente com as autoridades financeiras e policiais, enviando explicações detalhadas e documentos relevantes. Embora o processo possa levar algum tempo, pretendemos demonstrar claramente que nosso IPO foi conduzido em total conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis.”

É previsto que a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (SFC) tome sua decisão definitiva durante uma reunião na próxima quarta-feira,16 de julho.

Sobre o caso

As investigações apontam que, entre 2019 e 2020, Bang Si Hyuk teria informado a investidores que não havia planos para tornar a HYBE uma empresa de capital aberto, mesmo com os preparativos já em andamento. Segundo a Comissão de Serviços Financeiros (FSC), ele também teria facilitado a venda dessas ações a um fundo de investimentos ligado a um conhecido, com um contrato que previa que Bang recebesse 30% dos lucros. Esse acordo, que teria rendido a ele cerca de 400 bilhões de wons (cerca de 290 milhões de dólares), não foi declarado nos documentos oficiais da empresa.

Diante da repercussão do caso, o governo sul-coreano tomou medidas para combater práticas consideradas injustas no mercado financeiro. O presidente Lee Jae Myung defendeu punições para quem manipula ações ou usa informações privilegiadas, propondo até a exclusão definitiva dessas pessoas do mercado.

Além da investigação da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (SFC), a polícia de Seul também conduz uma apuração paralela, embora mandados de busca já tenham sido negados duas vezes pela promotoria. Para reforçar o combate a fraudes, uma força-tarefa especial formada por 34 membros de diferentes órgãos reguladores será criada até o fim deste mês de julho.