Lançado em 2017, o live-action de A Bela e a Fera respondeu curiosidades interessantes presentes na animação de 1991
No clássico conto "A Bela e a Fera", ambientado em uma aldeia francesa, acompanhamos a jornada de Bela. A jovem se vê diante de uma difícil decisão quando seu pai é feito prisioneiro por uma misteriosa criatura conhecida como a Fera, papel vivido por Dan Stevens. Em um ato de coragem e altruísmo, Bela opta por trocar sua liberdade pela do pai, passando a residir no enigmático castelo da Fera.
Durante sua estadia, Bela descobre um mundo encantado onde objetos aparentemente inanimados ganham vida e interagem com ela de maneira mágica. À medida que o tempo avança, ela desvela o segredo que envolve a Fera: ele é, na verdade, um príncipe que, para quebrar a maldição que o aprisiona em sua forma monstruosa, necessita encontrar o verdadeiro amor.
Lançado em 2017, o live-action de "A Bela e a Fera" impressionou espectadores ao responder questões que o clássico animado de 1991 pode ter deixado em aberto para algumas pessoas. Confira abaixo!
Um dos temas abordados é a estranheza com que Bela é vista em seu vilarejo. No filme original, as críticas à protagonista pareciam infundadas. No entanto, a nova versão revela que a aversão da população decorre do fato de Bela ser a única mulher letrada na comunidade. A resistência é intensificada quando ela tenta ensinar outra garota a ler, gerando um clamor coletivo para interromper suas ações.
Sobre o passado de Bela, descobre-se que ela nasceu em Paris e nem sempre viveu no campo. Seu pai fugiu da capital para protegê-la da Peste Negra.
A transformação do príncipe em Fera também é explorada sob uma nova luz. A personalidade egoísta do príncipe é atribuída à criação severa e isolacionista imposta por seu pai após a morte de sua mãe. Este passado conturbado moldou seu comportamento narcisista e insensível.
Ambientada no século XVII, a versão estabelece seu contexto temporal com referências literárias e eventos históricos. Obras como "Romeu e Julieta" e "Rei Arthur" são mencionadas, assim como a terrível Peste Negra do século XIV, oferecendo pistas sobre a época em que a história se passa.
Além disso, há menções a conflitos históricos como a Guerra dos Oitenta Anos ou a Guerra Franco-Holandesa, nos quais o personagem Gaston teria lutado.
Outro ponto crucial abordado é o destino dos objetos encantados do castelo. Caso a última pétala da rosa caísse sem que o feitiço fosse quebrado, eles se tornariam inanimados permanentemente. O filme ilustra esse momento trágico antes da redenção final proporcionada pelo amor de Bela.
Por fim, a lealdade dos objetos à Fera é justificada pela culpa que carregam por não intervirem na educação do príncipe sob o regime autoritário de seu pai. Essa cumplicidade silenciosa os faz sentir responsáveis pelo destino do príncipe, motivando-os a permanecer ao seu lado.