No Dia Nacional do Escritor relembre a trajetória deste importante nome para a literatura infantil brasileira
Priscila Gorzoni Publicado em 24/07/2020, às 13h00 - Atualizado em 25/07/2023, às 11h28
Comemorado nesta terça-feira, 25, o Dia Nacional do Escritor surgiu há mais de seis décadas na data da realização do I Festival do Escritor Brasileiro, uma iniciativa da União Brasileira de Escritores (UBE), ou seja, em 25 de julho de 1960. Pensando nisso, a RECREIO separou abaixo os principais fatos sobre a história de um dos mais importantes escritores para a literatura infantil brasileira: Monteiro Lobato.
José Bento Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté, no interior de São Paulo. Desde pequeno, Juca, como era conhecido, amava livros. Ele aprendeu a ler com a mãe, Olímpia, na fazenda dos avôs, no interior de São Paulo. Menino quieto, também gostava de fazer bonecos de sabugo de milho com as duas irmãs — na época, não existiam brinquedos como os de hoje.
Uma das primeiras decisões que tomou na vida foi mudar de nome. Tudo devido a uma bengala que o pai dele tinha, com as iniciais do nome dele gravadas: J.B.M.L. — José Bento Marcondes Lobato. Para ficar com o objeto quando o pai morresse, o escritor, ao atingir idade para isso, deixou de ser José Renato Monteiro Lobato e virou José Bento Monteiro Lobato.
Embora gostasse de escrever e fazer desenhos, Lobato foi obrigado a estudar Direito pelo avô, o Visconde de Tremembé. Mas, com a morte do Visconde em 1911, ele recebeu a fazenda da infância como herança. Então, abandonou a carreira e se mudou para lá com a família. Lobato estava com 29 anos, era casado e tinha quatro filhos.
As lembranças da infância na fazenda, os vários livros que leu na biblioteca do avô e os sete anos que viveu lá, já adulto, serviram de inspiração para as obras que ele criaria. A primeira seria O Saci, de 1921, feito após o escritor viajar pelo Brasil pesquisando esse ser fantástico. Foi um sucesso de vendas!
A obra de Monteiro Lobato só cresceria. Algumas das mais famosas são Urupês, com contos do personagem Jeca Tatu, e O Sítio do Picapau Amarelo, inspirado nos moradores que viviam nos arredores da fazenda — Emília, por exemplo, seria uma vizinha.
Primeiro veio a publicação de A Menina do Narizinho Arrebitado. Dessa obra veio a coleção de O Sítio do Picapau Amarelo, com um total de 23 livros. E sabia que o sítio existe e pode ser visitado? É a fazenda que Monteiro Lobato herdou do avô. O casarão fica na atual cidade de Monteiro Lobato, no interior de São Paulo, e está igual à época em que o escritor morou por lá.
As histórias do Sítio do Picapau Amarelo saíram dos livros e ganharam a TV com várias versões nas últimas décadas — a última série em animação foi ao ar entre 2012 e 2016. Assim, mesmo depois da morte, em 1948, Monteiro Lobato permanece para sempre na vida das crianças brasileiras!
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