O motivo pelo qual a mudança ocorreu entre a trama da HBO e o jogo foi explicado pelos criadores de 'The Last of Us'. Entenda!
Izabela Queiroz Publicado em 06/02/2023, às 13h24 - Atualizado em 05/05/2025, às 11h44
Em ‘The Last Of Us’, jogo desenvolvido pela Naughty Dog e lançado para Playstation em 2013, Joel e Ellie embarcam em uma perigosa missão para fora da zona de quarentena a fim de que a garota — que é a única humana imune —, contribua para a criação de uma cura para a mutação do fungo Cordyceps que infectou os humanos há 20 anos.
No jogo, o ‘fungo zumbi’ que quase dizimou a vida na terra, se espalhou pelos Estados Unidos após surgir na América do Sul e a partir de então, foi se espalhando pelos humanos através de plantações infectadas, conforme anuncia o jornal “Texas Herald”, de 26 de setembro de 2013, mostrado no game.
“A investigação da Administração de Alimentos e Drogas das plantações potencialmente contaminadas pelo mofo continua através do país. Listas iniciais distribuídas para vendedores ao redor do país avisavam sobre plantações importadas da América do Sul, mas agora ela foi aumentada para incluir a América Central e México. Várias empresas já se voluntariaram para recolher seus produtos das prateleiras”, revela um trecho do jornal.
Após legumes, frutas e verduras serem contaminados pelo fungo, as pessoas que os ingeriram acabaram passando pelos estágios de infecção: Corredor, Perseguidor, Estalador, e se viver por tempo o suficiente, um Baiacu, onde não só perdem o controle de seu sistema nervoso central, como passam a agir como agentes de transmissão, conduzindo o fungo de um corpo ao outro através de mordidas.
Ademais, no game, existem os esporos, que permanecem e flutuam em espaços escuros e fechados, esperando que um humano desavisado os inale e seja contaminado, o que, inclusive, faz com que os personagens usem máscaras para evitar infecções.
No entanto, na trama de mesmo nome que foi adaptada para as telinhas e recebeu seu primeiro episódio em janeiro deste ano pela HBO, o fungo não infecta os humanos através dos esporos, e sim, por meio de gavinhas.
Os esporos são estruturas pequenas produzidas em grandes quantidades que são responsáveis pela reprodução não só de fungos, como ocorre em ‘The Last of Us’, como também, de plantas e bactérias, conforme explica o site Toda Matéria.
Devido ao seu tamanho e peso extremamente leve, os esporos podem permanecer e se locomover no ar (ou através do corpo de outros animais) por grandes períodos e distâncias, até que encontrem ambientes propícios para germinarem.
Além disso, no caso dos fungos, os esporos podem ser móveis ou imóveis, sendo que no primeiro dos casos, apresentam um flagelo e são denominados de zoósporo.
Na trama da HBO, o contágio também se inicia através dos alimentos, mas a história muda um pouco, visto que é explicado que tudo tem início em Jacarta, na Indonésia, através de uma fábrica de farinha, onde os funcionários do local foram os primeiros contaminados.
Ainda assim, o Cordyceps pode ser transmitido através do contato direto com os infectados, que aqui, apresentam gavinhas e não esporos. As gavinhas têm a função de procurar apoio para a planta em crescimento e em 'The Last of Us' servem para transmitir o fungo e conectar o hospedeiro com uma rede enorme de infectados.
A mudança na forma que o fungo se espalha foi explicada por Craig Mazin, um dos responsáveis pela produção, em bate-papo à ComicBook, onde ele pontuou as medidas que devem ser adotadas para evitar a transmissão de vírus pelo ar, onde o uso de máscaras haveria ser constante, assim como ocorreu com a pandemia de Covid-19.
No jogo, existem momentos em que você encontra esporos e precisa colocar uma máscara de gás. No mundo que estamos criando, se colocarmos esporos no ar, ficaria bem claro que eles se espalhariam por toda parte e todos teriam que usar uma máscara o tempo todo e provavelmente todos estariam completamente infectados nesse ponto.
Com isso, era necessário encontrar uma forma para transmitir a ameaça que os infectados causam aos humanos, e em entrevista concedida ao Collider, Neil Druckmann revelou que o uso de gavinhas foi a escolhida para tal.
Essas conversas nos levaram a esses “tentáculos”. Assim, só de pensar na existência de uma passagem de um infectado para outro e na maneira como o fungo faz, pode virar uma rede que está interligada. Isso ficou muito assustador só de pensar que eles estão todos trabalhando contra nós unificadamente, um conceito que eu acabei gostando e foi desenvolvido na série.
Apesar de, na primeira temporada, os esporos terem sido excluídos da trama, os novos episódios prometem mudar esse cenário. Isso porque, na recente prévia divulgada pela HBO para o quinto episódio da segunda temporada, é possível ver os resíduos flutuando no ar em uma área dominada pelo fungo, onde apenas Ellie consegue adentrar. Veja!
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