Membros do BTS e bandeira da China - Amy Sussman/Christopher Pike/Getty Images
K-pop

China pode suspender proibição de conteúdo coreano

Após oito anos de restrições, a China sinaliza o fim da proibição da cultura pop sul-coreana, abrindo caminho para o retorno de k-pop e k-drama no país

Maria Eduarda Casado Publicado em 20/02/2025, às 13h10 - Atualizado às 14h54

Uma nova era para o entretenimento sul-coreano pode estar a caminho. Após oito anos de restrições, a China deve suspender sua proibição não oficial à Hallyu – termo que se refere à cultura pop da Coreia do Sul, incluindo K-dramas, K-pop e cinema. A medida faz parte de uma mudança diplomática entre os dois países e pode representar um impacto econômico gigante para a indústria cultural sul-coreana.

Essa mudança de cenário acontece após a China declarar que deseja "expandir os intercâmbios culturais" com a Coreia do Sul e "retomar totalmente a cooperação cultural já em maio", assim abrindo caminho para a volta de conteúdos sul-coreanos ao mercado chinês, incluindo desde shows e filmes até games e programas de TV, conforme repercutido pelo portal Soompi.

A proibição da Hallyu na China foi imposta em 2017 como retaliação à implantação do sistema de defesa antimísseis dos EUA, o THAAD, na Coreia do Sul. Apesar de Pequim nunca ter reconhecido oficialmente essa restrição, o acesso a conteúdos sul-coreanos foi drasticamente reduzido, pedidos de exportação foram negados sem justificativa, e artistas enfrentaram dificuldades para se apresentar no país.

O bloqueio teve um impacto expressivo na economia da Coreia do Sul, com estimativas do KDB Future Strategy Research Institute, apontando que só em 2017 as perdas causadas pela proibição ultrapassaram ₩ 22 trilhões (cerca de R$ 87,2 bilhões). A possível retomada das atividades culturais sul-coreanas no mercado chinês não apenas impulsionaria financeiramente a indústria do entretenimento, mas também poderia fortalecer a presença do K-pop e dos K-dramas em uma das maiores audiências do mundo.

O presidente chinês, Xi Jinping, ainda declarou em reunião com o presidente da Assembleia Nacional da Coreia, Woo Won-shik, o interesse e importância que o país possui no intercâmbio cultural, afirmando que "devemos evitar que ocorram problemas ao lidar com esses assuntos", assim, os analistas concluem que a China não vê mais a cultura coreana como uma ameaça direta a sua própria indústria de entretenimento.

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