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Qual o papel da escola na identificação de crianças com TDAH? Entenda

Apsen promove conversas entre especialistas e educadores de diferentes instituições de ensino de São Paulo com o projeto ‘TDAH Levado a Sério na Escola’

Redação Publicado em 07/05/2025, às 16h31

Distração, hiperatividade e impulsividade são sinais comuns entre crianças, adolescentes e adultos em situações de estresse ou cansaço. Entretanto, estes comportamentos podem ser persistentes, desproporcionais e até mesmo frequentes. É neste cenário que um alerta é acionado: pode ser TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). Embora a escola seja a primeira a identificar tais padrões, o papel dos educadores diante de crianças com o transtorno ainda não é muito claro. Para debater o assunto, a Apsen criou o projeto ‘TDAH Levado a Sério na Escola’, em que convida profissionais de saúde para conversar com professores de diferentes instituições de ensino. 

Convidada pela Apsen, a psiquiatra Fabrícia Signorelli, especialista em transtornos do neurodesenvolvimento infantil, esteve no Colégio Palavra Viva, na Zona Norte de São Paulo, para palestrar aos professores sobre como identificar e lidar com crianças que podem ter TDAH.   

Nos dias de hoje existe uma necessidade muito grande de orientação em relação a como lidar com essas crianças na rotina. Crianças com TDAH exigem uma necessidade maior de estabelecimento de rotina na sala de aula, para estudar e para fazer lição. Pais e professores precisam receber orientações quanto às dificuldades - por exemplo, que o estímulo distrai ou quanto tempo o aluno leva para se organizar e prestar atenção -  porque ainda estão pouco preparados para lidar com o dia a dia dessas crianças”, afirma a especialista. 

Fabrícia ressalta ainda que a escola assume um papel fundamental no diagnóstico e na intervenção dos alunos com TDAH. “São os educadores que vão pontuar para o médico os comportamentos de atenção ou hiperatividade que as crianças estão apresentando em sala de aula. Feito o diagnóstico, a escola assume um papel muito importante na rotina dessas crianças: de como a lição vai ser passada, de como colocar essa criança de forma mais próxima para que ela consiga prestar mais atenção, de passar orientações de maneira mais clara para que consiga compreender etc.”, diz. 

Vale destacar que, muitas vezes, o TDAH está associado com outras comorbidades, como depressão, ansiedade, tique, dislexia, autismo, transtorno de conduta e transtorno do uso de substâncias, que podem confundir o diagnóstico. Por isso, a recomendação é sempre buscar neuropediatras e psiquiatras que tenham conhecimento de TDAH. Isso vale para qualquer faixa etária.

 

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