Encontrado em florestas tropicais do sudeste da Ásia, o animal está na lista de espécies ameaçadas em extinção
O binturongue ou urso-gato asiático vive nas florestas tropicais do sudeste da Ásia, em países como Vietnã, Indonésia e Filipinas. Ele foi batizado assim porque lembra uma mistura de urso com gato: tem orelhas arredondadas, nariz pequeno e pontudo, pelagem negra e rosto em tom de cinza-claro. Para completar, bigodes brancos e cauda longa e peluda.
Que fome!
Onívoro, ou seja, bicho que se alimenta de carne e de vegetais, ele come folhas, muitas frutas e pequenos animais, como roedores e aves. Por ter hábitos noturnos, caça e se reproduz durante a noite.
Curioso
O urso-gato asiático é um arborícola: passa a maior parte do tempo pendurado em árvores (da mesma forma que os primatas). Para andar e dormir nos troncos, conta com a ajuda da cauda de até 90 centímetros – usa a cauda como se fosse uma mão. Assim, fica mais fácil se locomover e se segurar nos galhos.
Esse animal emite sons que impressionam, como um tipo de riso quando está feliz – além de lamentos agudos se fica irritado!
Cheirinho diferente
Para marcar território, esse animal libera um cheiro idêntico ao de pipoca com manteiga! Machos e fêmeas fazem xixi em qualquer lugar e a composição química principal da urina deles é a mesma da pipoca (uma substância chamada 2-AP). O truque do urso-gato asiático está em bactérias que ficam na pele: o cheiro surge do contato do xixi com esses microrganismos. É o mesmo processo que gera o cheio de suor nas axilas humanas.
Lá vêm os filhotes
Após um período de gestação de aproximadamente 91 dias, a fêmea pode ter dois filhotes. E sabia que ela é capaz de atrasar o crescimento do embrião na barriga para que o nascimento só aconteça quando as condições do ambiente estiverem favoráveis – nem muito frio nem muito calor? Incrível!
Ele precisa de ajuda
O urso-gato asiático está ameaçado de extinção. Ele é caçado para uso medicinal ou para a retirada da pele – além de, muitas vezes, ser capturado ainda filhote para ser vendido como animal de estimação. Isso sem falar da destruição do ambiente em que ele vive na natureza. Nas últimas três décadas, a população da espécie diminuiu em cerca de 30%!
Consultoria: Guilherme Domenichelli (biólogo e autor dos livros Girafa tem Torcicolo? e O Resgate da Tartaruga (Panda Books).