5 lendas envolvendo dragões que você precisa conhecer
Saiba mais sobre algumas histórias envolvendo estes seres místicos presentes no folclore mundial

Dragões são uma estranha coincidência do folclore mundial. Povos separados por continentes parecem ter chegado independentemente à ideia de um réptil gigante, voador e capaz de falar. Seria pura coincidência?
A tese mais comum é que os fósseis de dinossauros tenham sido a inspiração. Há 40 mil anos, as sociedades primitivas já topavam com eles. Mas talvez a fonte seja bem mais familiar: existe uma igreja na Polônia, em Cracóvia, com os “ossos do dragão Wawel”. Visivelmente, são costelas de baleia.
Mas Cracóvia fica a centenas de quilômetros do mar. Para eles, esses ossos, provavelmente trazidos por viajantes do litoral, eram tão exóticos quanto os dos dinossauros.
A palavra dragão vem do grego drakón (“serpente“). E como o nome de uma criatura comum foi parar num monstro talvez também tenha a ver com as baleias. Vistas por cima dos navios, elas podem parecer serpentes monstruosas. As lendas de serpentes marinhas, transplantadas para a terra, se tornaram os dragões.
Confira algumas das criaturas lendárias.
1. Tialong (207 a.C)
Long é “dragão” em chinês, e tian, “celestial”. Dragões chineses são criaturas esguias e que se movem como serpentes pelo ar, flutuando, sem asas. Este dragão em particular teria sido avistado pelos sacerdotes antigos puxando a carruagem dos deuses, perto das estrelas. Um guia dos antepassados reais que se manifestava sob a forma de uma serpente flutuante, em espiral e com quatro patas. Entre suas atribuições, a principal seria a de proteger a dinastia imperial. Nem todo dragão chinês é benévolo: o rei-dragão Ao Kuang causava todo o tipo de desastre e exigia sacrifícios humanos.
2. Zmey Gorynych (C. 1100)
De acordo com a mitologia eslava, zmeys eram seres semelhantes à hidra grega, com três cabeças, mas com poderes para voar, cuspir fogo e assumir a forma humana. O mais famoso dessa linhagem era o Gorynych, que foi morto pelo herói russo Dobrynya Nikitich após ter raptado uma nobre donzela. Na Sérvia, fugindo ao padrão europeu, os zmeys eram bons e afastavam as tempestades.
3. Ladon (700 A.C.)
Segundo o poeta grego Hesíodo, o réptil de 100 cabeças guardava o pomar de maçãs de ouro da deusa Hera. Ele tinha olhos de fogo e cada cabeça sua falava uma língua diferente. Em uma das versões da lenda de Hércules, foi morto pelo herói no trabalho de
roubar as maçãs. Incorporado à cultura romana, inspirou estandartes militares e a lenda da constelação de Draco.
4. Coca (C. 1200)
O dragão lendário combatido por São Jorge. Para os portugueses, um monstro com uma
longa e retorcida cauda, que habitava o Rio Minho. Já a versão dos espanhóis voava sobre o mar e devorava aldeões. Ainda hoje, na Festa da Coca, em Monção, Portugal, uma versão mecânica é “morta” por um cavaleiro fazendo as vezes do santo. É a origem da Cuca, outra pronúncia de seu nome – Monteiro Lobato fez do dragão um jacaré para abrasileirar.
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