Conheça 6 quadrinhos que contam a história da América Latina

Com suas cores vibrantes, narrativas envolventes e personagens icônicos, os quadrinhos têm o poder de contar histórias de maneira única e impactante. Ao explorar as páginas dessas obras, somos transportados para cenários diversos e imersivos, que nos permitem conhecer não apenas mundos fictícios, mas também realidades históricas e culturais. Hoje, apresentaremos seis quadrinhos que oferecem uma visão fascinante e diversificada da história da América Latina, revelando aspectos culturais, sociais e políticos que moldaram essa região ao longo dos séculos.

Prepare-se para embarcar em uma jornada visual e emocionante através do rico passado e presente latino-americano!

1. A batalha, de Eloar Guazzelli e Fernando Veríssimo (2022) - https://amzn.to/3UtCOeZ

Em 1756, na redução de São Luís, as forças guaranis preparam-se para um confronto com tropas espanholas e portuguesas, desafiando os termos do tratado de Madri. Às vésperas do conflito, um cacique e um padre jesuíta narram a um jovem índio a vitória histórica dos guaranis em 1641, na batalha fluvial de Mbororé, contra os paulistas que os buscavam escravizar. O roteiro de Fernanda Veríssimo e a arte de Eloar Guazzelli recriam de forma extraordinária esse episódio pouco conhecido, prometendo uma narrativa trágica e inspiradora.

2. Mukanda Tiodora, de Marcelo D'Salete (2022) - https://amzn.to/3WpKqS2

No cenário de São Paulo do século XIX, a população negra erguia seus espaços, como a Igreja do Rosário, promovendo celebrações africanas. Os Campos do Bexiga, refúgio de fugitivos da escravidão, se transformavam em comunidades negras. Enquanto o café enriquecia a cidade, nas fazendas surgiam quilombos e rebeliões. Tiodora, uma mulher escravizada, busca sua liberdade através da escrita, refletindo o contexto abolicionista da década de 1860. Em Mukanda Tiodora, Marcelo D'Salete ilumina esse período, destacando intelectuais negros como Luiz Gama e Ferreira de Menezes, além de oferecer uma edição enriquecida com textos de historiadoras e a reprodução das cartas de Tiodora.

3. Pinturas de Guerra, de Ángel de la Calle (2021) - https://amzn.to/3Urhnv1

Um autor espanhol jovem chega a Paris com o objetivo de desvendar o enigma por trás do falecimento da famosa atriz norte-americana Jean Seberg. Porém, inadvertidamente, ele se vê envolvido em uma complexa rede que inclui o serviço secreto francês, figuras como Guy Debord e Jean-Luc Godard, além do renomado escritor Philip K. Dick, um agente da CIA e os autorrealistas, um grupo de pintores latino-americanos que encontraram refúgio em Paris fugindo das ditaduras em seus países.

4. Chumbo, de Matthias Lehmann (2024) - https://amzn.to/3WoinT6

Chumbo, uma graphic novel sobre o autoritarismo brasileiro, será destaque no Festival de Angoulême em 2024, após sua publicação pela editora francesa Casterman em agosto de 2023. A trama se passa em Minas Gerais, onde Oswaldo Wallace, um patriarca opulento, domina suas empresas de mineração enquanto seus filhos, Severino e Ramires, trilham caminhos opostos durante os "anos de chumbo". Inspirado na história de sua família, Matthias Lehmann cria uma saga envolvente que entrelaça destinos, misturando fatos íntimos com a história do Brasil através de uma composição rica em caricatura e design gráfico brasileiros. 

5. Sendero luminoso: História de uma Guerra Suja, de Luis Rossel, Alfredo Villar e Jesús Cossío (2016) - https://amzn.to/3wvlSMS

Durante uma década, entre 1980 e 1990, o Peru foi assolado por um conflito violento entre o grupo Sendero Luminoso e o governo peruano. Os camponeses foram as principais vítimas dessa guerra, muitas vezes presos no meio do fogo cruzado entre militares e guerrilheiros. Cerca de 70 mil pessoas foram mortas e um número semelhante foi detido, torturado ou desapareceu. Esta história em quadrinhos serve como um testemunho impactante desse período de violência que deixou uma marca profunda no país.

6. Guarani – A Terra Sem Mal, de Diego Agrimbau e Gabriel Ippóliti (2021) - https://amzn.to/3wb2PaP

Em 1868, o fotógrafo francês Pierre Duprat viaja ao Paraguai em busca de indígenas Guarani para fotografar, mas testemunha a brutal Batalha de Acosta Ñu. Crianças são enviadas para a linha de frente, enfrentando um massacre de sete horas contra um exército de 20 mil soldados. O horror da guerra abala Duprat, e desde então, em 16 de agosto, o Paraguai celebra o Dia das Crianças em memória dos pequenos soldados massacrados.

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