Ex-CEO da ADOR, Min Hee Jin, contou em podcast como reagiu ao ter contato com o "relatório da indústria musical" emitido semanalmente pela HYBE
Publicado em 30/10/2024, às 13h26 - Atualizado às 14h15
Com a repercussão tomada pelo vazamento de 20 páginas, das 18 mil do "relatório da indústria musical" da HYBE, contendo comentários maliciosos sobre artistas e empresas de k-pop, foi a vez da ex-CEO da ADOR, Min Hee Jin, conceder seu posicionamento sobre o conteúdo que foi originalmente apresentado na auditoria do Comitê de Cultura, Esportes e Turismo da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, realizada em 24 de outubro, já que ela afirma ter recebido os documentos na época em que foram direcionados a executivos de nível C e subsidiárias do conglomerado.
As declarações da empresária surgiram na última terça-feira, 29, no canal do YouTube do crítico musical popular Kim Young Dae(via Koreaboo), onde ela surgiu como convidada. Na ocasião, a empresária afirmou que, contra a sua própria vontade, se manteve quieta sobre o documento por um ano, até que finalmente parou de lê-los e enviou um e-mail condenando o conteúdo disposto semanalmente.
Bem, há uma razão pela qual rejeitei o documento que agora está no centro das atenções de todos... Escrevi um e-mail mordaz criticando-o. Eu estava tipo, 'Eu me segurei por um ano inteiro, mas não aguento mais isso. O que vocês estão fazendo?! Para o benefício de quem esses relatórios estão sendo escritos? Vocês acham isso divertido ou algo assim?'. Acabou me estressando tanto que parei de lê-los. Tipo, eu não conseguia me forçar a ler nada daquilo. A que propósito servia? A quem servia? Eu não conseguia entender".
Além disso, ela se mostrou contra o documento pelos resultados que eles poderiam causar nos comportamentos da indústria do entretenimento do k-pop.
Mas o que realmente me assustou sobre esse documento foi... Dado o quão grande o negócio cresceu, havia muitas pessoas que realmente não sabiam nada sobre as práticas da indústria sendo contratadas. Algumas delas assumiram posições mais altas, de nível C, também. E todas essas pessoas estavam aprendendo sobre o negócio do entretenimento por meio desse documento, basicamente. Isso me aterrorizou.
E a questão é que as pessoas que estão apenas começando tendem a aprender a acreditar e fazer o que lhes é dito. Então, para essas pessoas receberem material como esse? O que isso faria com a indústria do entretenimento a longo prazo? Talvez essas pessoas possam pensar que algo está um pouco errado no começo. Mas as pessoas se ajustam. Elas podem pensar: 'Talvez eu seja o estranho' ou 'Talvez seja assim que essa indústria funciona'. Só estou dizendo que esse documento pode ter desenvolvido algumas percepções realmente erradas".
Por fim, a ex-CEO reforçou o ponto de quanto aquele conteúdo era inapropriado: "Eu disse, 'Olhem. Se todos vocês acham que não há nada de errado com esses relatórios, então vocês deveriam deixar todo mundo dar uma olhada'".
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