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Entretenimento / K-drama

K-dramas que fizeram sucesso internacionalmente mas deram errado na Coreia

Descubra quais são alguns dos k-dramas que fizeram sucesso quando disponibilizados para o público internacional, mas não agradaram os sul-coreanos

Redação Publicado em 28/01/2025, às 13h38

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Imagem promocional do k-drama "Tudo Bem Não Ser Normal" - Reprodução/TvN
Imagem promocional do k-drama "Tudo Bem Não Ser Normal" - Reprodução/TvN

A popularidade dos k-dramas, as produções seriadas da Coreia do Sul, só aumenta! Durante o primeiro semestre do ano passado, a Netflix revelou em um relatório de engajamento que o conteúdo em outros idiomas representou quase um terço de todas as visualizações na plataforma de streaming, com títulos sul-coreanos, como "Rainha das Lágrimas", acumulando 29 milhões de views, "Parasite: The Grey" 25 milhões, e "Meu Demônio Favorito" chegando a 18 milhões.

Ainda assim, alguns dramas que foram muito bem aceitos pelos assinantes ao redor do mundo, não tiveram a mesma aclamação do público sul-coreano, como revelado pelo portal Koreaboo ao listar os motivos pelos quais "Tudo Bem Não Ser Normal" e "O Rei Eterno" não fizeram sucesso em seu país de origem.

1. "Tudo Bem Não Ser Normal"

Cena do k-drama "Tudo Bem Não Ser Normal"
Cena do k-drama "Tudo Bem Não Ser Normal" - Reprodução/TvN

Começando por "Tudo Bem Não Ser Normal", a produção lançada em 2020 pela tvN acompanha Ko Moon Young, personagem de Seo Ye Ji, a qual é uma escritora de livros infantis que conhece Moon Gang Tae, vivido por Kim Soo Hyun, um cuidador de pessoas com doenças mentais, após se encontrarem por acaso e descobrindo juntos um caminho para a cura e superação emocional.

O romance, que trata de assuntos relacionados a saúde mental em uma trama emocionante e repleta de química entre o casal, foi um dos K-Dramas mais assistidos na Netflix internacionalmente — mas, na Coreia, despertou críticas devido à atuação de Kim Soo Hyun, quem retornava a TV após uma pausa de três anos relacionada ao alistamento militar obrigatório para homens sul-coreanos. Na opinião de alguns internautas do país, o ator não transmitiu emoções de forma natural.

Além disso, há também algumas polêmicas relacionadas ao conteúdo apresentado, já que alguns não consideram este um bom k-drama para ver em família, assim como há discussões sobre possíveis ações não consensuais entre os personagens.

2. "O Rei Eterno"

Cena de "O Rei Eterno"
Cena de "O Rei Eterno" - Reprodução/SBS

Também em 2020, a SBS transmitiu "O Rei Eterno", trama que tem a seguinte sinopse na Netflix: "Um imperador coreano passa por um portal misterioso e entra em um mundo paralelo onde conhece uma detetive obstinada".

No elenco há nomes como Lee Min Ho, Woo Do Hwan, Kim Go Eun, Kim Kyung Nam e Jung Eun Chae — a qual recebeu críticas durante a exibição do drama por ter um caso com o cantor Jung Joon Il, sendo esse um dos possíveis motivos pelos quais o título não se tornou popular na Coreia do Sul.

Outras razões listadas pelo Koreaboo incluem:

  • Possíveis referências japonesas: A relação entre a Coreia do Sul e o Japão é delicada devido a ações tomadas durante a colonização japonesa da península coreana (1910-1945) e a Segunda Guerra Mundial (1939 −1945), assim referências a Terra do Sol Nascente, muitas vezes, não são bem digeridas pelo público sul-coreano. No caso do k-drama, possíveis alusões a arquitetura e os navios de guerra japoneses não foram vistas como bem-vindas pelo público.
  • O gênero de fantasia: O título mistura ficção com elementos mágicos e sobrenaturais, o que não agrada tanto o público sul-coreano que prefere temas mais realistas.
  • Excesso de publicidade indireta: Chamado de Product placement, esse tipo de marketing sugere que mensagens publicitárias sejam passadas ao público de maneira sutil. No entanto, há reclamações sobre o uso em excesso dessa estratégia, o que teria atrapalhado o fluxo e a imersão da história.