Após afirmar que não iria refutar as acusações de Min Hee Jin em coletiva, a HYBE emitiu um novo comunicado rebatendo as declarações
Na última quinta-feira, 25, Min Hee Jin, CEO da ADOR, convocou uma coletiva de imprensa de emergência para esclarecer todas as acusações feitas pela HYBE em relação ao recente conflito entre o conglomerado e a subsidiária, além de apresentar novas informações.
Horas após a coletiva, a HYBE emitiu um breve comunicado respondendo aos detalhes apresentados por Min Hee Jin, onde acusou a empresária de distorcer os fatos e confundir a linha do tempo, com informações que “estão longe da verdade”.
“Podemos refutar todas as afirmações com evidências, mas decidimos não as mencionar uma por uma, pois julgamos que não vale a pena responder”, disse a empresa na nota.
No entanto, nesta sexta-feira, 26, a HYBE emitiu um comunicado mais elaborado (via Soompi), rebatendo todas as acusações feitas por Min Hee Jin durante a coletiva de imprensa. Veja!
“Olá,
Aqui é a HYBE.
Gostaríamos de esclarecer alguns pontos em resposta às observações feitas pela CEO da ADOR, Min Hee Jin, em uma conferência de imprensa realizada em 25 de abril para a proteção do valor do acionista e da propriedade intelectual (PI).
1. Quanto à alegação de que a aquisição dos direitos de gestão foi uma piada ou conversa casual
Os registros de discussões realizadas durante vários meses para o mesmo propósito são registrados em transcrições de conversas e registros de trabalho. A conversa casual que ocorre repetidamente durante um longo período de tempo, acompanhada pelo envolvimento de terceiros, deixa de ser uma ‘conversa casual’, mas torna-se um plano com execução [do plano]. Além disso, o vice-presidente com quem as conversas foram realizadas é um contador público certificado com conhecimento profissional de governança corporativa que conduziu as funções de IPO da HYBE e inúmeras fusões e aquisições. Ele também é um executivo central da ADOR, que teve acesso a todas as informações financeiras da empresa. O vice-presidente até anotou a observação do CEO de ‘em última análise, deixar a HYBE’ no registro de trabalho. Não pode ser considerado uma piada de forma alguma.
Não pode ser descartado como piada quando já foram encontrados vários documentos que calculavam o valor que poderia ser obtido através do exercício de opções de venda, indicavam especificamente o momento da ação e mencionavam termos como ações judiciais por infração, investidores e batalha de opinião pública. Há até um registro de [Min Hee Jin] instruindo o vice-presidente: ‘Isso deverá ser considerado uma conversa casual’.
2. Quanto à alegação de que a compensação monetária não foi suficiente
A CEO Min afirmou que seu salário é de 2 bilhões de won (aproximadamente US$ 1,45 milhão). Mais precisamente, o incentivo para o seu desempenho em 2023 é de 2 bilhões de won, e o seu salário e incentivos de longo prazo são calculados separadamente. Este salário é de longe o mais alto entre todos os indivíduos que trabalham na sede da HYBE e nas subsidiárias coreanas.
A HYBE também forneceu remuneração substancial em ações, além do salário. O valor de suas ações é muito grande, a tal ponto que as pessoas normais não podem imaginar. Mesmo assim, a CEO Min propôs uma quantia que a empresa não poderia aceitar e levou a conversa ao desastre. Vemos este processo como um pretexto para obter independência dos direitos de gestão.
3. Quanto à alegação de que a auditoria começou imediatamente sem resposta ao e-mail de denúncia
Enviamos uma resposta detalhada de 6 páginas em tamanho A4 em 22 de abril às 10h01, e foi confirmado que a CEO Min leu a resposta por volta do meio-dia do dia em que o e-mail foi enviado. No entanto, a CEO Min continua insistindo em seu comunicado e na coletiva de imprensa que ‘não recebeu resposta’.
A auditoria foi realizada após reconhecer tentativas de usurpação de direitos de gestão ao longo de vários meses através de informações internas e externas e confirmar o vazamento de documentos considerados dados comerciais confidenciais. É absurdo argumentar que o cronograma de auditoria para má conduta grave deva ser notificado com antecedência.
4. Quanto à alegação de que não houve orientação sobre a devolução de ativos de informação
Como parte do procedimento de auditoria, visitamos a residência e estúdio de [Min Hee Jin] localizado no distrito de Mapo, Seul, para recuperar ativos de informações em 22 de abril às 10h. Apesar de várias tentativas de entrar em contato com a CEO Min por telefone fixo, e-mail e mensagens de celular, ela não respondeu. Após o término do prazo de devolução, no dia 23 de abril, às 18h, solicitamos novamente a devolução dos ativos de informação por meio do vice-presidente da ADOR, Shin. O vice-presidente Shin respondeu: ‘A CEO Min está muito ocupada para fazer isso’. [A alegação de Min Hee Jin] de que ela descobriu sobre a devolução de ativos de informação através da mídia sem qualquer aviso prévio e concluindo que se trata de um jogo de mídia é uma mentira irresponsável.
A alegação de que retiramos recursos de computador para que ela não pudesse trabalhar antes do comeback [do NewJeans] também é mentira. Assim que recebermos o notebook devolvido, fornecemos um novo notebook e permitimos o download de todos os dados anteriores para que o trabalho não seja interrompido. Outros auditados também estão trabalhando com novos dispositivos que lhes foram fornecidos.
5. Em relação à alegação de que prometemos estrear [NewJeans] como o primeiro grupo feminino da [HYBE]
Esta é uma parte que já respondemos detalhadamente no e-mail enviado a CEO Min em 22 de abril. Suspeitamos que a razão pela qual a CEO Min afirma que não recebeu um e-mail é porque ela não pode fazer afirmações tão provocativas, mas falsas, se leu o e-mail. Enviamos uma resposta detalhada conforme abaixo:
‘A CEO Min está fazendo afirmações falsas com base em sua própria forma distorcida de interpretação sobre o processo de separação da SOURCE MUSIC. A razão pela qual o NewJeans não pôde estrear como o primeiro grupo feminino da HYBE não é porque a HYBE não cumpriu a nossa promessa. Na época, você insistiu fortemente que iria estrear [NewJeans] sob sua própria gravadora, enquanto solicitava a formação de uma equipe da qual você teria todas as responsabilidades. HYBE respeitou sua opinião e transferiu os membros para ADOR apesar da oposição da SOURCE MUSIC e forneceu uma grande quantia de fundos no valor de 16 bilhões de won (aproximadamente US$ 11,6 milhões) para que o NewJeans pudesse estrear da maneira que você queria. Nesse processo, o cronograma de debut do NewJeans não poderia deixar de ser adiado independente da intenção da HYBE devido à divisão da empresa e transferência de contratos.
Além disso, você mesma já revelou esse processo antes. Em entrevista a um meio de comunicação publicada em 24 de março de 2022, você mencionou diretamente que o projeto do grupo feminino prosseguirá de acordo com seu plano e que o lançamento será no terceiro trimestre de 2022. Você ainda comentou: 'Uma estreia apressada só pode ser um grande fardo para os jovens membros. Não quero que todos se sintam apressados, então defini o terceiro trimestre de 2022 como o horário de lançamento.'.
6. Quanto à alegação de que lhe disseram para não promover NewJeans na estreia
Devido à disputa de R&R (papéis e responsabilidades) entre a SOURCE MUSIC e a CEO Min, a programação de estreia do NewJeans foi adiada e LE SSERAFIM da SOURCE MUSIC estreou primeiro. Como não houve tempo adequado para as promoções dos dois grupos porque suas agendas de debut se sucederam imediatamente, foi decidido que seriam definidos períodos promocionais mínimos. Além disso, no caso de Sakura, membro do LE SSERAFIM, artigos sobre sua ‘transferência para HYBE’ já haviam sido publicados antes mesmo de ela assinar um contrato com HYBE. Em meio a essa situação, se promovêssemos o grupo de estreia do ADOR como ‘um time composto apenas por novatos’, havia preocupações de que o fato de Sakura ter ingressado no SOURCE MUSIC, bem como as informações sobre a composição das membros do NewJeans seriam expostas. Fizemos esse pedido para proteger o valor noticioso de ambas as equipes e, mesmo assim, encurtamos o período no meio e começamos a promover o NewJeans antecipadamente.
A respeito disso, também incluímos nossa resposta no e-mail da seguinte forma:
‘Além disso, o momento em que a entrevista da CEO Min [com um meio de comunicação] ocorreu foi dois meses antes da estreia de LE SSERAFIM (22 de maio de 2022), então pode-se reconhecer que você já teve tempo de sobra para promover seu novo girlgroup.
Sua afirmação difere muito da percepção dos membros da equipe que sabem quanto apoio total e compromisso a SOURCE MUSIC e a HYBE forneceram para o sucesso do ADOR.’
7. Quanto à alegação de que a HYBE está negligenciando a promoção apenas do NewJeans
Já respondemos detalhadamente a essa reclamação na resposta ao e-mail que ela enviou.
‘A Organização de Comunicação HYBE está envidando todos os esforços para a promoção do NewJeans. No ano passado, 273 comunicados de imprensa foram escritos e distribuídos apenas para o NewJeans. Comparado com os 659 comunicados de imprensa da BIGHIT MUSIC, que operava um total de oito equipes, incluindo o BTS como grupo e individualmente, e 365 comunicados de imprensa da PLEDIS Entertainment, que operava quatro equipes, incluindo o SEVENTEEN, é difícil afirmar que 'nós negligemos apenas a promoção do NewJeans'. Nosso PR está promovendo todas as gravadoras e artistas sem discriminação e fazendo o melhor para promovê-los.’
8. Quanto à reivindicação de contrato de escravidão
A cláusula de não concorrência do acordo parassocial tem dever de confidencialidade, mas foi mencionada em conferência de imprensa pela CEO Min. A cláusula de não concorrência é solicitada pelos acionistas para evitar a concorrência desleal de um acionista majoritário que crie uma empresa no mesmo setor após vender suas ações. É uma cláusula comum em qualquer setor.
Também não é verdade dizer que ela está amarrada para sempre. A CEO Min poderá vender suas ações a partir de novembro deste ano e, caso venda as ações, não estará sujeita à cláusula de não concorrência a partir de novembro de 2026, quando expira seu contrato de trabalho com nossa empresa.
É impossível chamar isso de contrato de escravidão quando a CEO Min tem garantida uma grande quantia de dinheiro a tal ponto que ela mesma expressou: ‘Posso ganhar 100 bilhões de won (aproximadamente US$ 72,7 milhões) apenas ficando parado’, e quando há a condição de que ela possa lucrar e iniciar um negócio no ano seguinte ao próximo. Estas são condições de compensação não convencionais que as pessoas normais nem sequer conseguem imaginar.
Mesmo na conversa no KakaoTalk que a CEO Min teve com confidentes, afirma-se que ela pode exercer a opção de venda em 2 de janeiro de 2025 e ‘SAIR’.
Em relação às cláusulas de venda de ações do contrato que a CEO Min afirma ser um contrato de escravidão, houve uma diferença na interpretação da ordem de prioridade das duas cláusulas, e já lhe enviamos uma resposta em dezembro do ano passado, dizendo: ‘Se a interpretação for ambígua, podemos resolver as disposições ambíguas modificando-as para que não haja problemas’. A CEO Min disse: ‘Não estou interessada em dinheiro’, mas a questão central que desencadeou a discussão foi a escala da remuneração.
9. Em relação à alegação que nos diz para fazer gestão ESG
Nossa empresa está cumprindo as atividades de gestão ESG dentro do escopo que podemos realizar. Em relação ao álbum ecológico que a empresa tem trabalhado arduamente para levar adiante, a CEO Min falou sobre ele, dizendo: ‘derreter cartões fotográficos é um absurdo’. A empresa teve que investir mão de obra e despesas consideráveis para converter o material plástico do álbum digital em papel e para converter a caixa do álbum e o cartão fotográfico em material biodegradável ecologicamente correto. Aceitar isso de bom grado e investir nisso é gestão ESG. Estamos promovendo a expansão da aplicação de álbuns ecológicos a todas as gravadoras da HYBE, mas a gravadora que menos coopera é a ADOR, da qual os membros da equipe interna estão bem cientes.
10. Quanto à alegação de que não houve tentativa de conversa
A HYBE discutiu continuamente com a CEO Min sobre mudanças no acordo de acionistas, mas a discussão foi suspensa quando a investigação do CEO Min alegou ser uma ‘denúncia’ chegou à HYBE. No entanto, a HYBE respondeu sinceramente sobre o assunto alegado pela CEO Min como ‘denúncia’. No entanto, foi confirmado através da auditoria que a CEO Min, durante o período em que a negociação do acordo de acionistas estava em andamento, em vez disso, convidou secretamente os advogados e contadores internos da HYBE para serem consultados sobre a alteração do acordo de acionistas e levantando questões na forma de denúncia de irregularidades, e contactou escritórios de advogados e investidores institucionais, etc., para discutir a aquisição de direitos de gestão.
11. Quanto à afirmação de que o xamã é simplesmente um amigo
Um estranho envolvido intrinsecamente na gestão global não pode ser visto como um mero amigo.
No decorrer da conversa [entre Min Hee Jin e o xamã], valores não divulgados de opções de ações de executivos, juntamente com a estrutura de aquisição de gestão, incluindo nomes de potenciais investidores e a porcentagem de participação acionária de cada investidor, estão sendo trocados. As decisões sobre diversas questões de gestão foram tomadas com base nas propostas do xamã. Não podemos considerar tal interlocutor como um mero conhecido. A empresa leva a sério o fato de que informações importantes da empresa estão sendo expostas indiscriminadamente a pessoas de fora, que intervêm nas tomadas de decisões, e de também ter recebido solicitações de contratação.
12. Por que durante o período de retorno…? Em relação à alegação de que a HYBE não valoriza o NewJeans
O lado que começou a atacar a empresa por e-mail na época do comeback do NewJeans é o lado da CEO Min. Os registros obtidos por meio de análise forense incluem instruções da CEO Min desde abril para se preparar para uma batalha de opinião pública, juntamente com registros de criação de ruído para atormentar a empresa. Questionamos se eles achavam que a empresa aceitaria um pedido de compensação que chegava a ser irracional se pressionassem a empresa neste momento.
O lado da CEO Min é quem realmente ameaça a empresa usando o artista como refém. Se o pedido de indenização for aceito, está bom, caso contrário, pretendem usar isso como pretexto para encerrar o relacionamento.
Ao longo dos anos, nossa empresa atendeu e se comprometeu com os repetidos pedidos da CEO Min. Porém, desta vez percebemos que essas solicitações fazem parte do chamado processo de ‘construção’ para assumir a gestão, e não tivemos escolha a não ser realizar uma auditoria para proteger o valor de multimarca, independentemente do momento. A razão pela qual também solicitamos que ela não mencionasse o artista em coletivas de imprensa e entrevistas é porque valorizamos o valor do artista”.