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Entretenimento / UP: Altas Aventuras

A história real por trás de 'UP: Altas Aventuras'

Descubra a história real que tem incríveis semelhanças com a trama de Carl Fredricksen apresentada em 'UP: Altas Aventuras'

por Izabela Queiroz

Publicado em 08/09/2024, às 09h00

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Cena de "UP: Altas Aventuras" - Reprodução/Pixar
Cena de "UP: Altas Aventuras" - Reprodução/Pixar

A história de "UP: Altas Aventuras" é uma das mais emocionantes da Pixar, afinal, na animação, é possível acompanhar Carl Fredricksen, um idoso viúvo e vendedor de balões que, após observar sua antiga vizinhança ganhar novos ares, teve que tomar uma grande decisão: vender ou não a casa onde viveu décadas felizes ao lado da falecida esposa, Ellie. 

Na trama dirigida por Pete Docter, Carl escolhe não ceder seu lar à grande empreiteira que estava transformando as residências do bairro em que morava em prédios e, decidido a realizar o sonho que compartilhou a vida inteira com Ellie, prendeu balões a casa para levá-la até Paradise Falls, um lugar localizado nas montanhas da Venezuela.

Por mais que viajar entre países em uma casa presa a balões seja algo impossível, grande parte da trajetória de Carl se conecta com a vida de alguém que realmente existiu no mundo real, cuja história tem grande semelhança com a vista na décima animação da Pixar.

Inspiração para “UP: Altas Aventuras”?

A pessoa em questão é Edith Macefield, uma senhora que já passava dos oitenta anos quando recebeu uma oferta intrigante: vender a casa que viveu por quase 60 anos no bairro de Ballard, em Seattle, Estados Unidos, pela bagatela de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 3 milhões).

Conforme revelado pelo Seattle Times, ela se mudou para a residência em 1952 para cuidar da mãe idosa, e recebeu a oferta milionária de uma empresa que desejava construir um shopping no bairro pouco mais de cinquenta anos depois, em 2006, quando o lar já completava 108 anos de fundação.

Na época, a história se popularizou já que, além de Macefield ter recusado a proposta, a decisão fez com que a construtora desse início as obras isolando a casa da idosa em meio às grandes construções de concreto, visto que todos os vizinhos dela já haviam assinado um acordo com a empresa.

Segundo o Seattle Times, Macefield acabou se tornando vítima de câncer no pâncreas e, enquanto enfrentava a doença, foi o superintendente da construção do shopping, chamado Barry Martin, que cuidou dela até que falecesse em 2008. A proximidade entre os dois fez com que Macefield deixasse para ele as chaves da casa, que foi vendida logo em seguida a pedido da própria idosa.

Vale lembrar que, no ano de lançamento de ‘Up: Altas Aventuras’, a casa que pertenceu a Macefield foi decorada com balões, como forma de promoção do filme — ainda que seja pouco provável que a história tenha sido uma inspiração para a animação, já que a trama foi escrita em 2004, dois anos antes do drama imobiliário ganhar as manchetes, segundo o AdoroCinema.

De lá para cá, a casa passou por algumas mudanças de proprietários, chegando a ser inclusa em um leilão de execução hipotecária em 2015, e mesmo que o fundo de financiamento coletivo criado para evitar a destruição da casa não tenha atingido o valor necessário para mantê-la de pé, ela não foi demolida. Conforme repercutido pelo portal ScreenRant, em 2018, a Regency Centers comprou a casa com o plano de preservá-la entre o shopping construído, sendo essa a atualização mais recente sobre a residência que foi de Macefield.