Descubra a resposta por trás de uma das maiores teorias da conspiração relacionadas ao fim da vida do renomado animador Walt Disney
Publicado em 17/07/2024, às 12h00
Iniciando sua carreira como um ilustrador comercial, Walter Elias Disney deu uma guinada em sua história — e na trajetória do cinema — quando, no início da década de 20, fundou ao lado de seu irmão, Roy Disney, a empresa de mídia que hoje é conhecida como The Walt Disney Company, uma das grandes responsáveis por revolucionar a forma de fazer animações nas grandes telas, existente há 101 anos.
Seja criando o primeiro longa-metragem animado em cores do mundo ("Branca de Neve e os Sete Anões") ou ajudando a desenvolver um sistema de reprodução de áudio inédito que mudaria a forma que o áudio seria ouvido por aqueles que garantissem uma poltrona nos cinemas (criado para o filme "Fantasia"), Walt Disney se tornou um nome inesquecível na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que lhe concederam 22 Oscars de 59 indicações à mais importante premiação do gênero, assim como também, dois Golden Globe Special Achievement Awards e um Emmy.
Mas, além de um destaque entre os especialistas da área, Walt se tornou querido também pelo público, afinal, ele esteve por trás da criação de personagens e narrativas que fizeram parte do crescimento e desenvolvimento de diversas gerações pelo último século. Assim, quando a morte do ilustrador, produtor e filantropo foi divulgada nos jornais em 15 de dezembro de 1966 devido a um câncer no pulmão, muitos não queriam acreditar que o ídolo tinha partido para nunca mais voltar, fazendo com que teorias fossem criadas pouco tempo depois da revelação.
Uma dessas teses, diz que o pai de Mickey Mouse teria escolhido ser congelado criogenicamente após morrer, apostando assim que a ciência médica evoluiria com os anos e que quando uma cura para o câncer fosse encontrada, ele poderia ser descongelado, ressuscitado e curado do mal que o levou a óbito na década de 1960.
É preciso lembrar que, Disney foi diagnosticado aos 65 anos com uma doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisema, que se agravou com o péssimo hábito que ele desenvolveu após a Primeira Guerra Mundial: fumar.
Além disso, em 6 de novembro de 1966, ele foi submetido a uma cirurgia para remover um de seus pulmões afetado pelo tumor maligno, mas não foi possível salvá-lo. Desta forma, sua morte foi datada em 15 de dezembro daquele mesmo ano no Hospital St. Joseph em Burbank, Califórnia, como explica o jornal The Sun.
Apesar de tudo, o público não teve conhecimento de real estado de saúde do animador por um grande tempo, visto que, segundo o portal Snops (via Aventuras na História), o período que Walt ficou internado havia sido justificando com a desculpa de que ele estaria realizando o "tratamento de uma antiga lesão no pescoço sofrida enquanto jogava polo", assim como foi dito que ele faria apenas um check-up "pós-operatório de rotina".
Tendo isso em vista, semanas após a morte de Walt rumores passaram a circular afirmando que ele havia sigo congelado e seu corpo estava sendo guardado em uma câmara localizada abaixo da atração Piratas do Caribe da Disneylândia da Califórnia. Há ainda quem acredite que apenas o cérebro do produtor havia passado por esse processo de congelamento, para que, no futuro, fosse colocado em outro corpo — algo bem Frankenstein mesmo!
Segundo o jornal El País, a ideia surgiu, pois apesar da importância mundial do animador, o velório de Walt foi privado, com poucas pessoas para velar o corpo. Também foi solicitado que nenhuma flor ou coroa fosse enviada ao cemitério, sugerindo, na verdade, que o dinheiro que seria usado para comprar esses arranjos, fossem convertidos em doações para o Instituto de Artes da Califórnia, fundado pelo próprio Disney, o que levantou a suspeita de que o valor seria usado para financiar o processo de criogenia do empresário.
A teoria ganhou ainda mais força em 1967 após um repórter do tabloide The National Spotlite ter afirmado que jornalistas entraram no Hospital St. Joseph após a morte de Disney e o encontraram em um cilindro criogênico, como dito pela PBS (via Aventuras na História). Outro ponto que fez com que muitos acreditassem na ideia surgiu dois anos depois, quando a revista francesa Ici Paris e o jornal norte-americano The National Tattler afirmaram que Walt Disney seria descongelado em 1975.
O portal Aventuras na História conta também que algum tempo antes de sua morte, Walt teria gravado um vídeo e enviado aos seus chefes de departamento, onde ele revela o que deseja para o futuro da empresa, além de encerrar com a seguinte frase: "espero vê-los em breve", o que poderia sugerir que ele já planejava passar pelo processo de criogenia.
Mas se engana quem pensa que as informações que servem de apoio para a ideia acabam por aí! Com o lançamento das biografias “Disney's World” (1986), de Leonard Mosley; e “Walt Disney: Hollywood's Dark Prince” (1993), de Marc Eliot, a tese ganhou mais profundidade, visto que, ainda que as duas obras tenham erros factuais, dados não documentados e declarações de supostos ex-funcionários da Disney que não foram identificados, ambas afirmam que Walt seria fascinado por ciência e tecnologia, e gostava principalmente da possibilidade de prolongar sua vida por meio dos estudos dessas áreas.
A verdade é que tudo não passa de especulação! Isso porque, não havia pessoas no funeral de Disney, pois ele mesmo havia afirmado que não queria que fosse realizada esse tipo de cerimônia em sua morte, já que ele queria que as pessoas se lembrassem dele vivo.
Por fim, Walt foi cremado dois dias após sua morte, como comprova a certidão de óbito do produtor. Foram pagos ainda 40 mil dólares ao Forest Lawn Memorial Park, em Glendale para que seu túmulo fosse mantido no local junto ao panteão que a família possuía, segundo a declaração de espólio emitida, como apurado pela revista Aventuras na História.