Desvende a trajetória de Ayrton Senna, um dos maiores pilotos da F1, que faleceu há exatos trinta anos, em 1º de abril de 1994
Publicado em 01/05/2024, às 09h00
Nesta quarta-feira, 1, completam-se 30 anos da morte de Ayrton Senna, um dos maiores pilotos da F1, que faleceu precocemente aos 34 anos em um trágico acidente no circuito de Ímola, na Itália, nessa mesma data, em 1994, deixando um legado insuperável, sendo lembrado e idolatrado até hoje por fãs e colegas do automobilismo.
A relação de Ayrton Senna com as corridas sobre quatro rodas começou ainda na infância, visto que aos quatro anos ele já corria de kart. Ainda assim, foi na adolescência, aos 13, que ele começou a competir, participando de provas nacionais de kart até os 21 anos.
Já na maior idade, ele se mudou e passou a participar de competições na Europa, onde conquistou, em 1981, o campeonato da Fórmula Ford 1600 no Reino Unido, ao vencer 12 de 20 corridas. Em 1983, ele obteve o título da Fórmula 3 britânica que, na época, era o degrau que faltava para chegar a Fórmula 1.
Dessa forma, no ano seguinte, Senna estreou sua carreira na elite do automobilismo, competindo pela Toleman. A primeira corrida de Ayrton sob o título de piloto da Fórmula 1 ocorreu em 25 de março de 1984, no GP de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde ele perdeu para o seu futuro rival: Alain Prost.
O ano de estreia de Senna não foi fácil, já que, de 14 provas competidas, ele abandonou 8 devido a problemas sofridos com o carro patrocinado pela Toleman, tendo o primeiro destaque no GP de Mônaco, onde, em meio a chuva, ele se classificou em 13º no grid de largada e terminou em segundo lugar, segundo o portal GE.
Ainda assim, a primeira vitória de Senna não demoraria a chegar — e melhor, seria seguida de seu segundo pódio. Isso aconteceu em 1985, após ele se tornar piloto da Lotus, onde garantiu a pole position e venceu o GP de Portugal em Estoril, seguido pelo primeiro lugar no GP da Bélgica, ainda no mesmo ano.
Como últimos triunfos pela Lotus, em 1986, Senna conquistou os GPs da Espanha e Estados Unidos e, em 1987, venceu as corridas de Mônaco e Estados Unidos.
Em 1988, Senna se tornou piloto da McLaren, alcançando a primeira vitória sob o novo uniforme em um 1º de maio no GP de San Marino — essa que seria a primeira de muitas nesse ano, já que o piloto atingiu números impressionantes, conquistando 13 poles, 11 pódios e 8 vitórias em 16 corridas.
Entre essas, estava a corrida que lhe daria o primeiro título mundial, conquistado no GP do Japão, onde, em meio a rivalidade com o Alain Prost, já que, até então, os dois haviam vencido 15 das 16 corridas do campeonato, o brasileiro ultrapassou o francês na 28ª volta, se tornando o vencedor e campeão do mundo pela primeira vez.
A rivalidade entre os dois pilotos se manteve nas temporadas de 1990 e 1991. Ainda assim, Senna saiu vitorioso novamente do título mundial no mesmo circuito, em 1990, mesmo com um equipamento inferior ao de Prost, que, na época, corria pela Ferrari. Um ano depois, ele se tonou tetracampeão ao ultrapassar Nigel Mansell.
Foi também em 1991 que Senna conquistou a primeira vitória em sua terra natal como piloto da Fórmula 1, vencendo o GP Brasil no Autódromo de Interlagos.
Senna disputou ao todo 161 GPs, onde acumulou 65 Poles positions (sendo o terceiro maior número para um piloto), 80 pódios, 41 vitórias, 2 vice-campeonatos (1989, 1993) e 3 títulos (1988, 1990, 1991).
Além disso, Senna possui recordes ainda não superados na F1. São eles:
Senna permaneceu com a McLaren até 1994, após algumas vitórias importantes, como a última de sua carreira em Adelaide, no mesmo GP da Austrália. Nesse mesmo ano, ele assinou com a Williams de Mansell devido à tecnologia que os carros da marca tinham.
Na época, recursos avançados, como a suspensão ativa, foram barrados pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA). A partir de então, o projeto da Williams começou a demonstrar diversos problemas, culminando na falta de vitórias de Ayrton naquele ano.
Na abertura do campeonato, no Brasil, Senna rodou na pista. Em seguida, teve uma batida no GP do Pacífico e, por fim, a corrida que finalizaria sua trajetória nas pistas ocorreu no GP de San Marino em Imola, onde, na sétima volta, acabou perdendo o controle do veículo e foi ao encontro do muro da curva Tamburello. A perda de Senna, levou o Brasil a emitir uma declaração de luto oficial de três dias.
Três anos depois, Adrian Newey (projetista da Williams) e os chefes Frank Williams e Patrick Head, além de mais três pessoas, foram indiciados pela morte de Senna que, na época, foi atribuída à quebra na coluna de direção da sua Williams por uma solda malfeita, mas ninguém foi preso, pois a promotoria não conseguiu provar as causas da morte.
No entanto, em 2007, um novo julgamento foi instaurado, onde, segundo o GE, foi concluído que "o acidente foi causado por uma falha na coluna de direção. Essa falha foi causada por mal projetados e mal-executados. A responsabilidade recai sobre Patrick Head, culpado de controle omitido". Patrick Head não foi preso.