Os animes, as famosas animações japonesas, são uma grande potência mundial. No Brasil, as produções se popularizaram nos anos 90 — apesar de já serem exibidas por aqui desde a década de 70 —, e logo ganharam o coração do público, fazendo com que hoje nosso país seja considerado o terceiro maior mercado fora do Japão e da China, conforme repercute o G1.
Apesar de também contar com muitas histórias originais, inúmeros animes são adaptações de mangás, os populares quadrinhos japoneses. Devido a essa influência, as animações também receberam classificações que dividem os gêneros, e que foram emprestadas do universo das HQs. Entre elas, temos:
- Kodomomuke: histórias voltadas para o público infantil, como “Pokémon” e “Hamtaro”;
- Shoujo: tramas de ação com protagonistas femininas, geralmente com cenário escolar e elementos mágicos, como “Serviço de Entrega da Kiki” e “Sailor Moon”;
- Josei: similar ao Shoujo, porém, com protagonistas femininas mais velhas, abordando o amadurecimento e situações da vida adulta, como trabalho, universidades e relacionamentos. Exemplos: “Servamp” e “Honey and Clover”;
- Shounen: histórias de ação protagonizadas por meninos adolescentes, como “Naruto”, “Jujutsu Kaisen” e “Dragon Ball”;
- Seinen: similar ao Shounen, porém, com histórias mais adultas, incluindo temas voltados para pessoas mais velhas, como política e guerra, contendo violência explícita. Como exemplo, temos os animes “Akira” e “Cowboy Bebop”.
Além das classificações, é comum encontrar fãs de animes utilizando termos que, para muitos, podem ser desconhecidos, como o famoso “filler”.
Mas, afinal, o que são os “fillers”?
Basicamente, os fillers são histórias extras, com o intuito de “enrolar” o anime, conforme explica o portal Omelete. Isso porque, em produções que são inspiradas em mangás, cada episódio é composto por dois ou três capítulos dos quadrinhos.
Levando em consideração que tanto as HQs quanto as animações são atualizadas semanalmente, se os animes seguissem à risca apenas as histórias presentes nos mangás, elas rapidamente alcançariam a história que está sendo lançada nas bancas, ficando sem novas tramas para serem adaptadas.
Dessa forma, para que isso não aconteça, os animadores passaram a criar histórias extras que não fazem parte da revista, apresentando algum acontecimento inédito que não faça tanta diferença na trama principal, apenas para ganhar tempo.
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