A probabilidade de duas pessoas compartilharem impressões digitais idênticas por acaso é estimada em menos de uma em 64 bilhões
No final dos anos 1800, médicos e cientistas começaram a reunir evidências de que as impressões digitais de uma pessoa não são apenas exclusivamente dela, mas também permanece o mesmo por toda a vida, tornando-as úteis para identificação. Não demorou muito para que as impressões digitais estivessem sendo usadas para capturar criminosos e ainda hoje são uma importante ferramenta forense.
Para se ter uma ideia, a probabilidade de duas pessoas compartilharem impressões digitais idênticas por acaso é estimada em menos de uma em 64 bilhões. Com base nessas probabilidades, os pesquisadores calcularam que levaria mais de um milhão de anos para que duas pessoas com impressões digitais idênticas aparecessem por acaso no banco de dados de impressões digitais da Scotland Yard.
Mesmo gêmeos idênticos - que têm a mesma sequência de DNA e tendem a compartilhar uma aparência muito semelhante - têm impressões digitais ligeiramente diferentes.
O motivo para isso é que as impressões digitais são influenciadas por fatores genéticos e ambientais durante o desenvolvimento no útero.
As impressões digitais são definidas entre 13 e 19 semanas de desenvolvimento fetal. Os detalhes precisos das espirais, cristas e alças são afetados por muitos fatores, incluindo comprimento do cordão umbilical, posição no útero, pressão sanguínea, nutrição e a taxa de crescimento do dedo. Essas pequenas diferenças podem se tornar mais pronunciadas após o nascimento como resultado de diferenças de peso e altura, por exemplo.
Assim, embora ter um DNA compartilhado signifique que as impressões digitais de gêmeos idênticos tendem a ser mais semelhantes do que as de estranhos, especialistas forenses e softwares de reconhecimento de última geração ainda podem detectar a diferença, tornando mais difícil do que você imagina que os gêmeos tornar-se mentores do crime.