Entenda a ciência que existe por trás da previsão do tempo
Para prever o tempo, os meteorologistas fazem um processo dividido em duas partes. Primeiro, olham todos os aparelhos que estão na estação meteorológica: termômetro (temperatura), anemômetro (velocidade do vento), pluviômetro (quantidade de chuva), barômetro (pressão atmosférica), higrômetro (umidade relativa do ar), anemoscópio (direção do vento), piranômetro (intensidade solar) e heliógrafo (duração da insolação).
Depois, observam as imagens de satélite, que cobrem áreas onde é impossível instalar estações, como os oceanos. Então, jogam os dados no computador, que faz um montão de contas e prevê o tempo para dali 1 hora, alguns dias ou uma semana.
Os cálculos da umidade
Sabia que o higrômetro contém fio de cabelo ou crina de cavalo? Repare bem: quando você toma banho, o cabelo úmido fica mais longo – depois de seco, volta ao normal. É a mesma lógica no aparelho: os fios ficam ligados a um tipo de caneta que vai mostrando em um papel se o ar está seco ou úmido.
Está tudo voando!
No anemômetro, três copinhos ficam girando no alto da estação meteorológica toda vez que está ventando. Quanto mais forte o vento, mas rápido giram os copos. Sabendo o tempo que ele leva para dar uma volta completa, é possível descobrir a velocidade do vento.
Onde o clima é medido
Existem centenas de estações meteorológicas em diversos locais - até na floresta amazônica! No Brasil, são usadas, principalmente, as tradicionais, as aeronáuticas (em aeroportos) e as agrometeorológicas (em plantações).
Cada estação tem equipamentos que ajudam a tomar decisões específicas: no aeroporto há os instrumentos de uma estação comum e os que medem o teto (visibilidade horizontal e vertical), pois nevoeiros e nuvens podem atrapalhar os voos. Em locais com plantações, a estação descobre a umidade do solo e se ele está perdendo muita água por evaporação.
Mais quente do que parece
Já ouviu falar em sensação térmica? É quando a temperatura que nos atinge, ao ar livre, é maior do que a que está sendo registrada pelos termômetros. Por exemplo: num dia seco, quente e com vento forte, não sentimos tanto calor, pois o suor evapora com facilidade, controlando a temperatura corporal. Já em dias quentes, com umidade elevada e vento fraco, suamos muito.
Que tempo maluco!
Nem sempre a previsão acontece como foi anunciada. Às vezes, as nuvens caminham mais rápido do que mostram as contas do computador. Aí, acaba chovendo. Como o número de contas é muito grande (milhões!) e demora algumas horas para que elas sejam feitas, acontecem simplificações para que a previsão fique pronta rapidamente – em alguns casos, ela sai errada.
Você sabia que o meteorologista é um físico que se especializou em fenômenos atmosféricos? Isso quer dizer que há muita matemática no processo de formação para essa profissão. No Brasil, algumas universidades têm o curso específico de meteorologia.