Entre os anos 27 antes de Cristo e 476, a pequena cidade de Roma se transformou em uma grande potência
Letícia Yazbek Publicado em 07/05/2020, às 10h00 - Atualizado às 19h08
Historiadores acreditam que a fundação de Roma foi resultado da ocupação dos povos grego, etrusco e italiota na Península Itálica. A cidade era governada por um rei de origem patrícia (nobres proprietários de terras). Mas, em 509 antes de Cristo, uma revolta dos patrícios tirou o poder da monarquia e estabeleceu uma república, formada por um consulado com dois representantes, um senado e uma assembleia dos cidadãos (composta por nobres).
No ano 27 antes de Cristo, Roma vivia diversos conflitos internos – enquanto isso, a influência política e cultural da cidade chegava a outras regiões da Europa. O poder estava centralizado em Otávio, importante general republicano, que acabou recebendo título de Augusto (ou divino) e se tornou imperador de Roma, cultuado como um deus. Era o início do Império Romano!
Depois de Augusto, que governou até o ano 14, Roma teve vários imperadores. Conheça alguns dos mais importantes:
Tibério (de 14 a 37): Foi o segundo imperador de Roma e herdou o trono do padrasto, Augusto.
Calígula (de 37 a 41): Teve o governo marcado pela crueldade com os presos e escravos e pelos altos impostos.
Nero (de 54 a 68): Um dos imperadores mais polêmicos, conhecido pela tirania e extravagância.
Marco Aurélio (de 161 a 180): Era um ótimo guerreiro e administrador. Durante o governo, houve muitas guerras.
Diocleciano (de 284 a 305): Fez reformas que ajudaram a adiar o declínio do Império e criar a base do Império Bizantino (considerado a continuação do Império Romano).
Constantino (de 306 a 337): Construiu Constantinopla e transferiu a capital do Império para a nova cidade.
Teodósio (de 378 a 395): Dividiu o Império Romano em duas áreas, com o objetivo de facilitar a administração e a defesa do território.
Apesar de não ser considerado imperador, Júlio César foi um dos principais responsáveis pelo surgimento do regime imperial. Ainda durante a República Romana, antes de Augusto se tornar imperador, Júlio César conquistou vários territórios. Ele fez diversas manobras políticas e garantiu governo vitalício entre 49 e 44 antes de Cristo.
De 27 antes de Cristo até o ano 300, Roma viveu a época chamada de Alto Império, quando acumulou o máximo de poder. Os povos conquistados eram escravizados e as províncias de Roma eram importantes fontes de recursos. Assim, a capital enriqueceu e muitos romanos passaram a viver com conforto e luxo. Foram feitas grandes obras de urbanização, como a construção de cidades, estradas, aquedutos, teatros e templos. Também havia forte incentivo à produção cultural e artística.
Ainda durante o período republicano, Roma iniciou a expansão dos territórios. Depois de dominar a Península Itália, os romanos formaram um exército para enfrentar os cartagineses (da antiga cidade Cartago, na atual Tunísia). Ao vencer as primeiras Guerras Púnicas (entre 264 e 146 antes de Cristo) e destruir Cartago, eles dominaram o Mar Mediterrâneo e ampliaram as conquistas, chegando à Grécia, Macedônia, Gália (atual França), Germânia (atual Alemanha), Síria e Líbano.
Já o Baixo Império (entre os anos 300 e 476) foi caracterizado pela decadência romana. Nesse período, povos bárbaros da região da Germânia (atual Alemanha) tentavam ocupar territórios dentro do Império. Em 395, o imperador Teodósio dividiu o império entre Ocidente (capital Roma) e Oriente (capital Constantinopla – atual Istambul).
Isso trouxe um aumento das guerras contra os bárbaros – o exército romano estava com menos recursos por causa dos gastos com luxo. A partir de 476, os germânicos passaram a construir diferentes reinos, dando origem à civilização europeia ocidental. Adeus, Império Romano!
Várias características culturais dos romanos permanecem vivas. Além de o latim, língua falada no Império, ter originado idiomas como português, francês, italiano e espanhol, o direito romano (conjunto de leis) está presente na cultura ocidental. Diversas técnicas de arte, filosofia, arquitetura e literatura da época também fazem parte de nossa cultura.
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