Conheça os principais fatos relacionados à Proclamação da República, e aprenda mais sobre a história do nosso país
Letícia Yazbek e Maria Carolina Cristianini Publicado em 15/11/2023, às 10h00
Antes de o Brasil se tornar independete alguns movimentos já lutavam pela República. Um dos mais importantes foi a Inconfidência Mineira, em 1789, liderado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. O movimento também defendia a independência, mas acabou fracassando: foi descoberto e interrompido por tropas oficiais.
Na Bahia, grupos que defendiam a República realizavam reuniões secretas para descobrir um jeito de incentivar o povo a lutar pelos direitos. Em 1794, aconteceu a Conjuração Baiana, movimento que também defendia a independência e o fim da escravidão, mas acabou punido pela Coroa de Portugal.
Em 1817, uma nova revolta, conhecida como Revolução Pernambucana, tentou libertar o país de Portugal, instaurar uma República e elaborar uma constituição. Mais uma vez, as tropas oficiais derrotaram os líderes, que foram presos e condenados.
Em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I declarou a independência do Brasil, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo. Foi o início da monarquia brasileira. O governante era um imperador e não havia eleições para escolhê-lo. O poder era hereditário — passado de pai para filho.
Para acabar com as lutas entre brasileiros e portugueses, Dom Pedro I deixou o trono, em 7 de abril de 1831 Dom Pedro II, aos 5 anos de idade, herdou o poder do pai. Como era muito jovem para governar, um grupo de regentes assumiu o poder.
Na década de 1870, cada vez mais gente passou a acreditar que o povo deveria eleger representantes. Surgiu o Partido Republicano, com o objetivo de dar voz à população. Aos poucos, a monarquia é questionada e perde força.
No Rio de Janeiro, em 9 de novembro de 1889, um baile reuniu cerca de 2 mil nobres do Império. Enquanto isso, grupos republicanos planejavam um golpe para acabar com a monarquia.
Logo surgiu um boato: o marechal Deodoro da Fonseca, herói da Guerra do Paraguai, teria sido preso por desobedecer ao Império. A mentira virou desculpa para que os republicanos se revoltassem e fizessem uma declaração que colocava fim à monarquia.
Em 15 de novembro de 1889, com o apoio dos republicanos, marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República, no Rio de janeiro. Ele assumiu o controle do país em um governo provisório, que formou um Congresso e começa a elaborar uma nova constituição.
Um dia depois, Dom Pedro II foi comunicado sobre a proclamação da República e teve 24 horas para deixar o país. Na madrugada seguinte, ele e toda a família real partiram para a Europa.
Com a Proclamação da República, o Brasil ganhou uma bandeira com 20 estrelas, uma para cada estado da época. Ela tem as mesmas cores e é parecida com a bandeira que temos até hoje. A nova constituição foi aprovada e marechal Deodoro da Fonseca é eleito pelo Congresso. Assim, ele deixou o governo provisório e passou a ser o primeiro presidente do Brasil.
Em 23 de novembro de 1891, diante da oposição de grupos da sociedade a algumas ideias que tinha, marechal Deodoro renunciou à presidência. Aí, o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o poder até 1894.
Consultoria: Célia Tavares (professora do Departamento de Ciências Humanas da UERJ), Guilherme A. Luz (professor do Instituto de História da UFU), Luiz H. Torre (professor de História da FURG) e Washington Dener (professor da Faculdade de Educação da UERJ).
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