Após imagens feitas por IA inspiradas na Turma da Mônica viralizarem nas redes sociais, a MSP Estúdios declarou que tomará medidas contra a prática
Daniela Bazi Publicado em 09/04/2025, às 17h33
Após imagens feitas por Inteligência Artificial (IA) com o estilo das animações do Studio Ghibli repercutirem nas redes sociais, agora foi a vez da Turma da Mônica servir de inspiração para a criação das imagens por meio do ChatGPT e ferramentas derivadas, e também viralizar na internet.
Apesar da popularização da chamada “trend”, o MSP Estúdios (antigo Mauricio de Sousa Produções) divulgou uma nota à imprensa por meio do O Globo, repudiando a atitude, além de afirmar que tomará medidas contra a prática.
No comunicado, o estúdio fundado por Mauricio de Sousa afirma que “o uso de qualquer elemento relacionado aos personagens está protegido por leis de direito autoral e propriedade intelectual”, além de destacar que a empresa não autoriza “a criação de conteúdos que violem esses direitos”.
Confira a declaração completa:
“A MSP Estúdios acompanha de forma atenta o debate que vem ganhando força nas redes sociais sobre a utilização de ferramentas de inteligência artificial na criação de imagens e quadrinhos inspirados no universo da Turma da Mônica. Temos ciência de que esse é um caminho sem volta: a IA é uma tecnologia poderosa, que vem se estabelecendo como uma aliada de processos criativos em diversas frentes da indústria cultural.
Reconhecemos o valor da inteligência artificial como ferramenta de experimentação e inovação, mas reforçamos que ela deve atuar como apoio, e não substituição, à criação artística. Quando tenta reproduzir o traço da Turma da Mônica, a IA apenas ecoa, de forma limitada, uma linguagem visual única, construída ao longo de décadas pelos artistas da MSP Estúdios. Mais do que um estilo, esse traço carrega narrativas, emoções e a sensibilidade humana, algo que nenhum algoritmo consegue replicar por completo.
A MSP Estúdios reforça que o uso de qualquer elemento relacionado aos personagens está protegido por leis de direito autoral e propriedade intelectual. Não autorizamos a criação de conteúdos que violem esses direitos, nem admitimos associações com discursos de ódio, desinformação ou práticas que contrariem os valores da empresa. Há mais de 60 anos, defendemos a ética e o compromisso com a cultura e agiremos sempre que esses princípios forem desrespeitados.
Seguimos comprometidos com o desenvolvimento tecnológico e artístico do nosso setor, dialogando com novas possibilidades, mas sempre com responsabilidade e respeito à arte, ao público e ao legado construído por nossos artistas”.
Vale lembrar que, nos últimos tempos, a utilização da Inteligência Artificial para a criação de artes, sejam obras audiovisuais ou apenas imagens, tem gerado uma série de discussões internacionalmente, com inúmeros diretores, artistas, dubladores e atores se posicionando contra a tecnologia. Em 2016, durante o documentário "Never-Ending Man: Hayao Miyazaki", produzida pela NHK, Hayao Miyazaki, fundador do Studio Ghibli, expressou sua aversão ao uso de IA na criação artística.
Na produção, o renomado cineasta disse: “Estou absolutamente incomodado. Se vocês realmente querem criar coisas repulsivas, podem continuar. Mas eu nunca desejaria incorporar essa tecnologia ao meu trabalho. Sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida."
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