Cena de 'As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa' (2005) - Reprodução/Disney
As Crônicas de Nárnia

As Crônicas de Nárnia: O destino de Nárnia que não aparece nos filmes

Descubra qual foi o verdadeiro fim do mundo de Nárnia que não apareceu nos filmes de "As Crônicas de Nárnia" adaptados pela Disney

Daniela Bazi Publicado em 20/01/2025, às 18h57 - Atualizado às 18h59

Em meados dos anos 2000, a franquia de “As Crônicas de Nárnia”, criada pelo autor irlandês C.S. Lewis em 1950, recebeu três grandes adaptações cinematográficas pela Disney: “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa” (2005), “Príncipe Caspian” (2008) e “A Viagem do Peregrino da Alvorada” (2010).

Devido à baixa bilheteria dos dois últimos filmes, o estúdio acabou decidindo que não seria viável realizar a adaptação para os cinemas dos quatro outros livros da franquia de Lewis, “A Cadeira de Prata” (1953), “O Cavalo e Seu Menino” (1954), “O Sobrinho do Mago” (1955) e “A Última Batalha” (1956). Por este motivo, muitos fãs que não tiveram a oportunidade de ler as obras não puderam descobrir o que aconteceu com Nárnia após os acontecimentos do último longa.

Qual é o destino de Nárnia nos livros?

Ao final do filme “A Viagem do Peregrino da Alvorada”, Lúcia e Edmundo Pevensie seguem o destino de seus irmãos, e recebem a notícia de Aslan que eles não deverão mais voltar à Nárnia, pois já aprenderam tudo o que precisavam naquele mundo. Já seu primo, Eustáquio, que os acompanhou na aventura, seria o único que poderia retornar.

Após o trio voltar para a Inglaterra, Caspian, que ainda era o rei, acaba se casando com Liliandill, uma garota com sangue de estrela que ele conheceu durante a missão no navio Peregrino da Alvorada. Como fruto do relacionamento, o casal tem Rilian, seu único herdeiro, que desaparece após o falecimento de sua mãe.

Liliandill, a esposa de Caspian em 'A Viagem do Peregrino da Álvorada' (2010) - Reprodução/Disney

 

Por anos, o monarca acreditou que teria perdido os dois grandes amores de sua vida. Quando ele parte em uma jornada a caminho das sete ilhas para buscar conselhos do poderoso Aslan sobre quem deveria ser o próximo rei, já que o príncipe herdeiro desapareceu e não havia sinais de retorno, ele recebe uma visão do leão dizendo que o jovem estaria lhe esperando em casa são e salvo.

Ao voltar para o castelo, o rei reencontra seu filho e consegue lhe dar um último abraço antes de falecer aos 66 anos devido à sua saúde. Com Rilian assumindo o trono, é iniciada a sétima e última era de Nárnia, onde todos os governantes são descendentes diretos de Caspian, seguindo por oito gerações até Tirian, o último rei apresentado no livro “A Última Batalha”.

No ano de 2555, acontece a triste destruição do mundo narniano, iniciado após um caos causado por dois animais falantes, o macaco Manhoso e o burro Confuso, que enganaram os habitantes com a ideia de um falso Aslan.

A crônica diz que, certo dia, após encontrar uma pele de leão no rio, Manhoso veste o item em Confuso e espalha o boato de que Aslan teria voltado, dando início a uma grande festa em Nárnia. Enquanto todos os moradores queriam ver o poderoso leão, o macaco diz que o contato só poderia ser feito através dele, que seria seu “porta-voz oficial”.

Se aproveitando da situação, Manhoso começa a fazer pedidos exagerados aos narnianos, além de fechar um acordo com o povo da Calormânia para facilitar a invasão e a conquista do país em Nárnia e influenciar o povo a acreditar que Aslan e Tash, um deus das trevas calormano, seriam a mesma entidade.

Infelizmente, os boatos espalhados pelo macaco correm facilmente e, em pouco tempo, o culto ao deus das trevas cresce de forma surpreendente, resultando na aparição de Tash, causando desgraças e destruição.

Com o caos instaurado no país de Nárnia, Tirian clama pela ajuda de Aslan e dos antigos reis, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia. O pedido acaba chegando para todos os humanos que já visitaram o mundo mágico, incluindo três dos irmãos Pevensie, seu primo Eustáquio, além de Jill, Polli e o professor Digory, que iniciam sua jornada para retornar ao local.

Cena de 'As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa' (2005) - Reprodução/Disney

 

No caminho, os sete sofrem um acidente de trem e falecem, sendo transportados magicamente para o mundo de Nárnia. Chegando lá, Aslan permite que Jill e Eustáquio se unam a Tirian para enfrentarem a batalha iniciada pelo caos de Manhoso e Confuso, enquanto Pedro, Edmundo, Lúcia, Polli e Digory esperam em um estábulo, que descobririam mais tarde ser a porta de acesso para a “Verdadeira Nárnia”, também conhecido como o “País de Aslan”, uma alusão ao Paraíso.

Quando todos se reuniram, Aslan anuncia o fim daquele país após ver toda a destruição que os habitantes causaram, resultando na queda de estrelas, a extermínio da vegetação e, consequentemente, com o congelamento do mundo, sobrando apenas os justos e de bom coração, que tiveram a oportunidade de passar pela porta do estábulo a caminho da Verdadeira Nárnia.

Nesse novo local, eles têm a oportunidade de se encontrar com pessoas que já haviam morrido tanto na antiga Nárnia quanto no mundo dos humanos. Quando todos fizeram a passagem, Pedro se torna o responsável por fechar a permanentemente o portal entre Nárnia e o mundo dos humanos, deixando Susana, que foi a única a não retornar, sozinha em nosso universo.

Leia também: As Crônicas de Nárnia: 5 fatos dos livros que ficaram fora dos filmes

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